Foto: Unioeste

Dois projetos desenvolvidos pelo setor de Terapia Ocupacional do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, proporcionaram momentos de lazer e enriquecimento cultural aos pacientes e acompanhantes da ala adulta (G2) e desenvolvimento motor as crianças de até dois da pediatria, durante os meses de julho, agosto e setembro.

Uma das propostas apresentadas por estagiárias de Terapia Ocupacional era reduzir o tempo ocioso que pacientes e acompanhantes tinham durante a permanência no hospital. E por meio de doações de livros e um armário de fácil transporte, surgiu o projeto Biblioteca Itinerante. Com ele as estagiárias de Terapia Ocupacional ou as técnicas de enfermagem podiam atender aos pedidos de pacientes que gostariam de ler para ocupar o tempo.

O projeto foi elaborado pelas alunas do Curso de Terapia Ocupacional, Diocelene Aparecida Borges Vendramini, Francielli Lavandoski Simão, Nilmara das Neves Martins e Salete Deitos do Nascimento, estudantes da Uningá, e supervisionado pela Terapeuta Ocupacional do HUOP, Viviane Cristina Gramagol.

“Nesse período de estágio foi possível perceber, avaliar e atender as demandas ocupacionais de alguns pacientes, e que grande parte dos atendidos demonstravam-se ansiosos e ociosos, e solicitavam leituras” disse Viviane Gramagol.

Francielli Lavandoski Simão, foi uma das estagiárias que desenvolveu o projeto e ela destacou que um caso em especial marcou o trabalho com os pacientes. “Uma paciente de 43 anos que estava internada por intoxicação medicamentosa pediu emprestado um livro religioso durante o período de internação e depois inclusive pediu para levar embora”, disse Francielli ao lembrar que possivelmente este livro poderá trazer ainda mais benefícios a vida da paciente.

A Terapia ocupacional é voltada ao tratamento prático do paciente, baseado em ciência, que através de uma análise da atividade, busca estratégias para que ele viva com maior funcionalidade e autonomia possível. “Possibilitar esse tratamento com atividades simples e cotidianas com um olhar voltado às ocupações humanas é muito importante. A leitura é uma atividade enriquecedora em qualquer ambiente, situação ou momento. E promover essa atividade dentro do hospital auxilia no tratamento da saúde mental e emocional, fortalecendo o paciente a seguir no tratamento da doença que o trouxe ao hospital. É muito prazeroso perceber o quanto uma atividade simples pode se transformar numa atividade terapêutica ocupacional e impactar vidas”, finalizou Francielli.

O outro projeto desenvolvido pela equipe foi de pintura na pediatria. E por isso um espaço que estava sem utilização na área externa da ala, foi usado para pintar um labirinto e um campo de futebol. Dessa forma, as crianças que as vezes passam muito tempo internadas não tem o desenvolvimento prejudicado.

Neste projeto as futuras terapeutas ocupacionais desenvolveram um trabalho cujo objetivo é acompanhar e auxiliar desenvolvimento de crianças de até dois anos para saber se elas alcançaram os marcos de desenvolvimento para a idade delas e o que precisa ser estimulado.

E como no hospital as crianças ficam com menores possibilidades de desenvolvimento por passarem muitas horas na cama este projeto foi elaborado para trabalhar a psicomotricidade ampla dos pequenos pacientes.

“Esse projeto pode ser aproveitado nas intervenções e atuações de profissionais de outras especialidades, como a psicologia, assistência social, fisioterapeutas, entre outras”, explicou a Terapeuta Ocupacional do HUOP, Viviane Cristina Gramagol.

Fonte: Unioeste