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HRT – Repasse milionário, fiscalização zero?

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Em 2023, a Câmara de Toledo autorizou o município a repassar mensalmente mais de R$ 1,5 milhão ao Hospital Regional, administrado pela organização social IDEAS. Desde então, a transparência tem sido quase inexistente. Basta olhar para o portal da transparência: em 2024, a primeira publicação só ocorreu em abril — e ainda assim, após questionamento deste colunista. Fiscalização por parte dos vereadores? Praticamente nenhuma.

Aporte municipal crescente

Somente em junho deste ano, o repasse chegou a R$ 1.696.480,00. Diante disso, ficam as perguntas inevitáveis:

  • Onde está a fiscalização dos vereadores sobre esse contrato?
  • Quais benefícios concretos essa parceria trouxe à população?
  • Qual é a real contrapartida ao município?
  • E, afinal, quais são as despesas verdadeiras dessa gestão do IDEAS ?

Déficit que não fecha a conta

Segundo dados da própria administração do hospital, o déficit acumulado já ultrapassa R$ 3,4 milhões. Só em junho, o prejuízo chegou a aproximadamente R$ 1,75 milhão — mesmo com o repasse milionário da prefeitura.

Como pode uma instituição que movimente perto de R$ 800,00 a 1 mi, por mês apresentar um buraco financeiro tão grande de R$ 3.4 mi? Onde está a eficiência de gestão prometida quando se optou pela terceirização? Estaria havendo uma “quarteirização” disfarçada, que drena recursos sem entregar resultados? Enquanto isso, nossos fiscais do legislativo parecem deitados em berço esplêndido.

22 meses de gestão, uma crise sem fim

Já se passaram 22 meses desde a inauguração da unidade, e a IDEAS ainda não demonstrou capacidade para gerir o hospital. A pergunta que não quer calar: qual vereador terá coragem de propor o cancelamento do contrato e exigir novos gestores?

Se a solução encontrada para equilibrar as contas é vender pizzas em campanhas improvisadas, talvez esteja na hora de a entidade rever não apenas o modelo de gestão, mas até mesmo o CNAE de sua atuação.

Hora de romper?

Um contrato dessa natureza deve obrigatoriamente prever transparência e prestação de contas — exigências que, pelo visto, não estão sendo cumpridas. Isso, por si só, já é motivo suficiente para revisão, cancelamento ou até mesmo a transferência da gestão para outra entidade filantrópica local, ou, em última instância, para o próprio município assumir diretamente a administração.

Enquanto isso, sobra a sensação de que milhões de reais estão sendo queimados sem retorno proporcional à população. E a cada mês que passa, o rombo aumenta, a crise se aprofunda e a omissão de quem deveria fiscalizar só reforça a indignação.

Polícia Federal nas eleições de São Pedro do Iguaçu

Na última quinta-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a Operação Terra da Gente, destinada a apurar supostos crimes eleitorais ocorridos durante o pleito municipal de 2024 em São Pedro do Iguaçu.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral, sendo um deles na cidade de Toledo/PR.

O hospital das pizzas e dos milhões

Temos um hospital regional que custa caro, muito caro. Todo mês, o município transfere quase dois milhões de reais para a organização social IDEAS, que assumiu a gestão com a promessa de eficiência, transparência e modernidade. Pois bem: transparência não se vê, eficiência ninguém encontra e modernidade virou sinônimo de vender pizza para tapar buraco nas contas.

Sim, vender pizza! É quase poético: um hospital que deveria salvar vidas tentando salvar a si mesmo com rifas e promoções culinárias. Enquanto isso, os relatórios oficiais — quando aparecem, porque só são publicados depois de muita cobrança — revelam déficits milionários, como se dinheiro público fosse farinha de rosca jogada para o vento.

E os vereadores? Ah, esses parecem viver no velho berço esplêndido. O contrato segue, os repasses aumentam, o rombo cresce, mas a fiscalização dorme. Talvez acordem quando o forno das pizzas esfriar ou quando a população finalmente se der conta de que paga duas vezes: uma no imposto e outra na rodela de mussarela.

O hospital regional de Toledo, com apenas 22 meses de funcionamento, já coleciona dívidas e desconfianças. E a pergunta que ecoa pelos corredores é simples e dolorida: se com quase dois milhões por mês não se consegue fechar a conta, quanto mais será preciso? Ou será que a conta nunca foi para fechar mesmo? Fatura em torno de R$ 1 milhão e apresenta R$ 3.4 milhões de prejuízos.

Enquanto isso, a cidade observa o espetáculo tragicômico: gestores que não administram, vereadores que não fiscalizam e pacientes que, no fim das contas, continuam esperando atendimento digno. A crise do HRT não é só financeira, é também moral. E o que mais assusta é perceber que, para alguns, parece tudo absolutamente normal. Principalmente os quarteirizados de São José -SC.

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Edição nº2785 – 18/06/2025

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