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Hoesp/Toledo recebe apoio de empresa de gelo na captação de órgãos

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Por Marcos Antonio Santos

Na segunda-feira, dia 29, dez órgãos foram captados na Hoesp/Hospital Bom Jesus: quatro rins, quatro córneas, um fígado e um coração. Foram duas captações simultâneas, dois aceites das famílias para que esses órgãos pudessem ser doados a quem está esperando na fila. As captações simultâneas são algo inédito no hospital.

Para conservar os órgãos, o Hospital Bom Jesus conta com a colaboração e solidariedade da Paraná Gelos. O proprietário da empresa, Anderson Fernando Rodrigues, disse que eles levam o gelo sempre que há captação de órgãos. “O hospital nos comunica e nós levamos a quantidade de gelo, em média 30 quilos de gelo potável por vez. Cada vez que há captação, eles mandam a mensagem e levamos ao Bom Jesus. Fazemos a doação e não cobramos nada”, afirma.

GESTO DE SOLIDARIEDADE – Conforme Anderson, sabe-se que o órgão vai para alguém que será beneficiado, ajudando a salvar vidas. Ele ressalta que não importa quem seja a pessoa ou para onde vai o órgão, seja daqui ou de fora, alguém estará sendo salvo. “E como se diz: a vida não tem dinheiro que pague. O mais bonito mesmo é o gesto de quem está doando os órgãos, está indo embora, mas deixa a vida para alguém”, enfatiza Anderson.

GELO – O enfermeiro coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), Itamar Weikanko, comenta que o gelo resfria o corpo humano rapidamente. “Quando o paciente está com uma temperatura elevada e é feito o processo de retirada dos órgãos na sala cirúrgica, temos que resfriar bruscamente esse órgão. Então, o gelo é inserido dentro da cavidade ao redor do órgão e, em seguida, o órgão é embalado. São três embalagens, sendo que a última precisa ficar coberta com gelo dentro de uma caixa térmica, mantendo uma temperatura abaixo de dois graus para ser transportado. Às vezes, o transporte é feito a longa distância. Todo o gelo que o Hospital Bom Jesus recebe é doado pela empresa Paraná Gelos, que faz isso com muito capricho e amor. Sempre que precisamos do gelo, a equipe está disposta a fazer a doação e trazê-lo para nós até a instituição, deixando-o armazenado para que, quando houver uma captação, tenhamos o gelo disponível para desenvolver todas as atividades. Em nome do Hospital Bom Jesus, de toda a sociedade e de todos os receptores no Brasil, gostaríamos de agradecer essa parceria com a Paraná Gelos”, afirma Itamar.

Gelo doado pela empresa de Toledo. Foto: arquivo pessoal

CAPTAÇÃO – Mais de 100 profissionais trabalharam na captação entre a segunda-feira, 29, e terça-feira, 30. Itamar disse que o Brasil tem uma média de 30% de aceitação das famílias para fazer a doação. No Estado do Paraná, de cada 10 pessoas, 7 acabam falando sim; no Hospital Bom Jesus, de cada dez entrevistas, 9,5 acabam concordando com a doação de órgãos.

FILA DE ESPERA – Ao todo, hoje, são 3.829 pessoas no Paraná aguardando por uma doação de órgão. O transplante renal é o que tem a maior fila. O rim tem um total de 1.809 (ativos) e 321 (semiativos) pacientes na fila de espera; córneas, 1.175 (ativos) e 204 (semiativos); fígado, 167 (ativos) e 80 (semiativos); rim-pâncreas, 13 (ativos) e 6 (semiativos); pâncreas, 2 (ativos); pulmão, 8 (ativos) e 3 (semiativos); coração, 35 pacientes (ativos) e 6 (semiativos). O coração tem um tempo de 4 horas para ser transplantado e começar a bater no peito de uma outra pessoa, em qualquer lugar do Brasil; o fígado tem 12 horas de espera; os rins, 18 horas; as córneas podem ficar em conservação por até 15 dias; os ossos podem ser congelados por até cinco anos.

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