Foto: assessoria Hoesp

Da Redação

Mais uma captação de órgãos foi realizada na Hoesp/Hospital Bom Jesus nessa quarta-feira, 30. A doação dos órgãos foi autorizada pela família após a confirmação da morte encefálica do paciente de 53 anos, que estava hospitalizado há 12 dias no hospital.

Foi feita a captação do fígado nesta manhã. O órgão foi foi encaminhado para Curitiba, com o apoio da logística da Guarda Municipal, que fez o transporte até o aeroporto.

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) da Hoesp realizou o acolhimento da família. “Mais uma doação que poderá salvar uma vida”, ressalta o coordenador da CIHDOTT, Itamar Weikanko.

Somente em 2024, foram iniciados 26 protocolos e obtidas 24 autorizações para doação de órgãos, uma taxa de aceite de aproximadamente 90%. “O hospital é referência em taxa de aceite a nível estadual e nacional, e tem se mantido nessa porcentagem há alguns anos. Isso se deve ao compromisso e à parceria de toda a equipe nas conduções relacionadas à doação de órgãos”, ressalta Itamar. Em 10 anos, a Hoesp obteve 298 autorizações familiares para doação de órgãos. Cada autorização resulta, em média, na doação de 2 a 3 órgãos.

Foto: assessoria Hoesp

FILA DE ESPERA – Atualmente, 4.006 pessoas no Paraná aguardam por uma doação de órgão, segundo o Sistema Estadual de Transplantes. O transplante renal tem a maior fila. O rim conta com 1.233 homens e 1.012 mulheres aguardando, totalizando 2.245 pessoas; córneas: 682 homens e 748 mulheres, totalizando 1.430; fígado: 158 homens e 96 mulheres, totalizando 254; rim/pâncreas: 11 homens e 10 mulheres, totalizando 21; pâncreas: 1 homem e 1 mulher, totalizando 2; pulmão: 6 homens e 3 mulheres, totalizando 9; coração: 27 homens e 18 mulheres, totalizando 45. O coração tem um tempo de 4 horas para ser transplantado e começar a bater no peito de outra pessoa, em qualquer lugar do Brasil; o fígado tem 12 horas; os rins, 18 horas; as córneas podem ser conservadas por até 15 dias; e os ossos podem ser congelados por até cinco anos.

No Brasil, cerca de 50% das pessoas que podem doar órgãos e têm morte encefálica não têm o diagnóstico finalizado. Dessas, aproximadamente 30% não conseguem concluir o protocolo por falhas no sistema. O Hospital Bom Jesus, por meio de profissionais capacitados e de uma equipe acolhedora, consegue concluir todos os protocolos de forma ética. O Paraná conta com cerca de 400 hospitais, mas apenas 27 têm uma CIHDOTT.

No Brasil, a média de aceitação familiar para doação de órgãos é de 30%. No Paraná, de cada 10 famílias, 7 aceitam a doação. No Hospital Bom Jesus, de cada 10 entrevistas, 9,5 resultam em autorização para a doação de órgãos.

Fonte: assessoria Hoesp