Foto: Assessoria

O evento deve reunir aproximadamente trezentos haitianos no dia 18 de maio, data que marca o fim do sistema escravagista e um importante momento para a conquista da independência

A Embaixada Solidária e o Mouvman Ayisyen Lib e Endepandan (M.A.L.E), junto com a Embaixada Solidária, realizam no dia 18 de maio uma grande festa em comemoração a uma das datas mais importantes na história do Haiti. O evento terá início às 14h30. A Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH) apoia o evento. A festa está programada para acontecer na rua Oswaldo Aranha, 917 – São Francisco, no Centro Multiuso São Francisco Panorama. O público poderá acompanhar a programação, que terá entrada franca.

O fundador do Mouvman Ayisyen Lib e Endepandan, Pierre – Erick Bruny, declara que é a primeira vez que a comunidade haitiana que reside em Toledo se mobiliza para a comemoração. “Essa data é um marco histórico de libertação do nosso país de um povo que estava profundamente oprimido, escravizado. A nossa identidade tem muito em comum com essa data. Haitianos no mundo inteiro comemoram essa festa e exaltam a nossa bandeira”, destaca Pierre.

“Atualmente o Haiti precisa de uma nova revolução. Infelizmente nossos algozes se fortaleceram e nosso povo precisa se unir pela retomada democrática do nosso país. Esse movimento já está se organizando na perspectiva de construir haitianos capazes e motivados para a reconstrução do Haiti. Muito além do que mostra a imprensa, o Haiti é um dos mais lindos e produtivos países do mundo, mas que não é visto pelo seu poder de cooperação. Temos muito o que oferecer, mas nossos desafios internos precisam ser superados”, conta o advogado Pierre Erick.

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Pierre tem unido jovens do mundo inteiro para uma intensa reflexão e planejamento sobre cidadania, história, cultura e política. “Somos muito gratos aos países que nos acolheram, mas quem saiu e conseguiu vencer precisa devolver a nossa contribuição ao nosso país. Temos milhares de conterrâneos que não conseguiram deixar o Haiti, seja por motivos pessoais ou mesmo por falta de possibilidades”, destaca.

Foto: Assessoria

A fundadora da Embaixada Solidária, Edna Nunes, destaca que os haitianos foram os primeiros atendidos pela OSC. “Hoje temos outros 38 países além do Haiti, mas esse povo tem um lugar muito especial em nossas vidas. Foi por eles que a Embaixada Solidária foi provocada a existir. Ver esses jovens retomando sus cultura, identidade e força é algo que emociona e motiva. Finalmente chegou o momento de ver cada migrante assumir o papel de protagonista, um direito que a Embaixada defende amplamente”, declara a presidente.

“Nós não falamos pelos migrantes e refugiados. Nossa missão é acolher e fortalecer cada povo para que eles possam preservar sua representatividade. Nossa posição é sempre de ofertar estrutura e afeto na reconstrução de suas histórias e isso envolve o amor e a luta pelos seus países de origem. É uma lição do mais real amor a pátria que podemos ter. Ninguém ama mais o seu país do que aquele que de forma forçosa precisou o deixar”, finaliza Edna Nunes.

A HISTÓRIA – Vale destacar que o dia 18 de maio é celebrado como o Dia da Bandeira do Haiti, uma data significativa que carrega grande importância histórica e cultural para o povo haitiano. Este dia comemora a criação e adoção da bandeira haitiana, um símbolo de orgulho, resiliência e independência. A faixa azul simboliza a união dos cidadãos negros e mulatos, refletindo a diversidade e a união da população haitiana. A faixa vermelha representa a coragem e os sacrifícios feitos durante a luta pela independência. É importante mencionar que, na data de 18 de maio de 1803, Jean Jacques-Dessalines, que foi o pai da independência do Haiti, rasgou ao meio a bandeira francesa no Congresso de Arcahaie, unindo as cores vermelha e azul. A nova configuração simbolizava a união entre negros e mulatos. Depois, substituiu a parte azul pela cor preta. Foi assim que nasceu a bandeira do Haiti, um fato marcante no processo de independência do país.

BRAVURA – O Dia da Bandeira do Haiti serve como um lembrete da bravura e determinação demonstradas pelos revolucionários haitianos que lutaram contra a escravidão e a opressão. É um momento para honrar seu legado e celebrar a rica cultura e herança do Haiti. Nesse sentido, o 18 de maio é uma data fundamental para a comunidade haitiana em Toledo/PR. Ainda, é importante destacar que os migrantes haitianos são maioria na cidade de Toledo entre os outros.

Fonte: Assessoria