Foto: Marcos Corrêa/PR

Da Redação

O Ministério da Economia está passando por turbulências e alguns membros da equipe de Paulo Guedes estão sendo trocados. Rumores na internet davam conta de que o ministro deixaria a pasta, mas isso não se confirmou.

No final da tarde de ontem, quinta-feira (21), o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos, mas a saída deles só foi revelada nesta sexta.

A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração.

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Em nota, o Ministério da Economia informou que as decisões foram de ordem pessoal.

Recentemente, Funchal e Bittencourt haviam se manifestado contrários a quaisquer medidas que flexibilizem o teto federal de gastos, seja para renovar o auxílio emergencial, seja para ampliar o Bolsa Família e criar o Auxílio Brasil.

Na tarde de hoje, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o ministro da Economia e se pronunciou. Ao lado de Paulo Guedes, ele falou sobre a crise aberta no mercado por causa do lançamento do Auxílio Brasil de 400 reais fora do teto de gastos. Bolsonaro disse confiar absolutamente em Guedes na pasta. “Eu tenho confiança absoluta nele. Ele entende as aflições que o governo passa”, afirmou.

“Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse Bolsonaro. “Nós vamos reduzir o ritmo do ajuste. Que seja um déficit de 1% [do PIB], não faz mal. Preferimos tirar oito no fiscal e atender os mais frágeis. O arcabouço fiscal continua. Eu seguro isso”.

“Não queremos tomar nenhuma medida que afete a economia. O valor que chegamos [de R$ 400] para o benefício foi negociado dentro do governo. Vamos ter mais aumento nos preços dos combustíveis. Não vai ter congelamento. Então decidimos ajudar os caminhoneiros. Essa ajuda vai custar R$ 4 bilhões por ano”, continuou o presidente.

Logo após o encontro entre Bolsonaro e Guedes, foi anunciada uma das substituições no ministério da Economia. O ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago assumirá o comando da Secretaria Especial de Tesouro e Orçamento da pasta.

O ministério recorreu a soluções internas para reorganizar a equipe econômica. Colnago substituirá Bruno Funchal.

Assessor especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, Colnago foi ministro do Planejamento entre abril e dezembro de 2018, no final do governo Michel Temer. De maio de 2016 a abril de 2018, foi secretário-executivo do Planejamento, durante a gestão do ex-ministro Dyogo Oliveira.