Da Redação
General Ferreira não permanecerá à frente da Itaipu Binacional. Seu pedido de demissão, feito na manhã desta terça-feira (25), foi confirmado horas depois, por meio de uma nota publicada pela Binacional.
Segundo a nota, a decisão foi por razões pessoais. Confira:
“Nesta terça-feira (25), o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general João Francisco Ferreira, comunicou o seu pedido de exoneração do cargo, por razões pessoais. Ferreira ocupava o posto desde 7 de abril de 2021, sucedendo o general Joaquim Silva e Luna, então nomeado para a presidência da Petrobras”.
Entretanto, as alegadas “razões pessoais” podem ter motivação política. Comenta-se nos bastidores que o cargo está sendo negociado entre o presidente Jair Bolsonaro e o chamado “Centrão” da Câmara dos Deputados, grupo formado por partidos políticos que não possuem uma orientação ideológica específica e tem como objetivo assegurar uma proximidade ao Poder Executivo.
Com uma troca iminente no comando da Itaipu, o general Ferreira teria optado por deixar o cargo, uma vez que não vê sentido permanecer em uma cadeira que deveria deixar em breve. Isso poderia evitar desgastes.
Junto com o Ferreira, também deverão deixar os cargos os coronéis Robson Rodrigues de Oliveira e Aloisio Lamin, além do major Washington Vasconcelos Santana. Durante o período de transição, o cargo deve ser ocupado pelo almirante Anatalício Risden.
Especulações dão conta de que a ex-governadora Cida Borghetti, esposa do deputado Ricardo Barros, Líder do Governo na Câmara e um dos principais aliados de Bolsonaro, poderia ser indicada ao cargo. Cida atualmente ocupa o cargo de conselheira da Itaipu.
