Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Fiscal da Adapar/Toledo alerta: ferrugem é a maior ameaça à soja

h

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

Por Marcos Antonio Santos

Iniciou na segunda-feira, 2 de junho, o período de vazio sanitário da soja para as regiões Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, que integram a Região 2 do escalonamento definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida segue até 31 de agosto, com a liberação para o plantio da oleaginosa a partir de 1º de setembro de 2025, encerrando-se em 31 de dezembro.

De acordo com o fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar – município de Toledo), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, Anderson Lemiska, a ferrugem é a principal doença que afeta a cultura da soja e só se reproduz e se mantém no campo, principalmente, em plantas vivas de soja. “Plantas guaxas, voluntárias ou tigüeras, como são conhecidas no campo, são fontes importantes para a reprodução da ferrugem durante a entressafra. Esse período de 90 dias serve justamente para quebrar o ciclo da doença na entressafra, permitindo que o agricultor cultive sua soja com a entrada da doença ocorrendo mais tarde. Na nossa região, geralmente a ferrugem chega por volta do mês de novembro, podendo ocorrer até dezembro, dependendo das condições climáticas. Isso atrasa a entrada da doença e também as aplicações de fungicidas, o que favorece o agricultor: quanto mais tarde a aplicação, menor será a quantidade de produto utilizada e, consequentemente, maior a rentabilidade da área”, explica.

Lemiska também destaca que, na Região 2, há o período de calendarização da semeadura, que será autorizado de 1º de setembro a 31 de dezembro deste ano. “É importante que os agricultores fiquem atentos a essa medida, que tem como objetivo preservar a vida útil das moléculas dos fungicidas disponíveis no mercado. A pesquisa agropecuária oficial do Brasil, por meio da Embrapa, tem demonstrado em testes de campo que, a cada ano, a eficácia desses produtos tem diminuído devido ao uso intensivo. Naturalmente, a ferrugem vai adquirindo resistência, e a eficácia dos fungicidas se reduz. A calendarização busca justamente postergar esse processo”, esclarece.

FISCALIZAÇÃO

“Durante o período do vazio sanitário e da calendarização, as equipes da Adapar estarão a campo fiscalizando o cumprimento dessa medida legal. Em caso de descumprimento, será lavrado auto de infração. O agricultor responderá a um processo administrativo dentro da Adapar e poderá ser penalizado com multa, dependendo da situação e da reincidência ou não do fiscalizado. A agência também mantém um termo de cooperação técnica com o Ministério Público do Estado do Paraná, para o qual o processo pode ser encaminhado a fim de se avaliar eventual responsabilidade civil e criminal”, menciona Lemiska.

RECOMENDAÇÃO

A Adapar recomenda que os agricultores da região vistoriem suas áreas e eliminem eventuais plantas de soja espontâneas, voluntárias. Tanto o vazio sanitário quanto a calendarização da semeadura são medidas fundamentais para o próprio agricultor, pois reduzem a necessidade de aplicação de produtos químicos e prolongam a vida útil dos defensivos, o que melhora a eficácia do controle sanitário na lavoura e gera maior rentabilidade. “É importante lembrar que a ferrugem não respeita divisas entre municípios nem entre propriedades. Se um agricultor faz o manejo corretamente, mas o vizinho não, a doença pode ser transmitida de uma propriedade para outra. Por isso, é essencial que todos estejam conscientes da importância dessa medida”, alerta Anderson Lemiska.

ADAPAR

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, é responsável pela fiscalização em todo o território paranaense, devendo aplicar as penalidades previstas em lei aos produtores que não fizerem a erradicação das plantas vivas de soja durante o período do vazio sanitário. Também cabe à autarquia o controle e cumprimento das datas para a janela de plantio da cultura no Estado.

O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar (DESV) reforça que é essencial que todos os agricultores adotem esses cuidados em suas propriedades. A agência destaca que a medida sanitária só será eficaz com o monitoramento constante e a eliminação imediata de qualquer planta viva de soja que venha a ser detectada.

Veja também

Previsão do Tempo

Mais previsões: Meteorologia 25 dias

Cotação em Tempo Real

Cotações em tempo real