Em menos de cinco dias, estaremos em ano novo e Toledo será administrado por um novo grupo político, liderado pelo partido Republicanos e respaldado por outros sete partidos. Com 35.189 votos, Mario Costenaro, de 60 anos, casado, com ensino superior completo e profissão declarada como arquiteto, assumirá a Prefeitura. Ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 1.073.921,47.

16 nomes já escolhidos e divulgados

Sabe-se que, no dia 27, Costenaro retornará de um breve período de descanso, onde se reunirá com sua nova equipe de secretários, já anunciadas, bem como com os futuros nomes que ainda serão divulgados. Ao todo, já foram anunciados 16 nomes: 15 secretários e 1 superintendente da EMDUR. Ainda faltam seis vagas a serem preenchidas, algumas delas a serem criadas, e outras já com nomes definidos, como as secretarias de Fazenda, Segurança e Trânsito, Mulher, Agricultura e proteína animal, Industria e Comercio e Secom

Transmissão de cargos e posse

No dia 1º de janeiro, às 9h, no Teatro Municipal de Toledo, ocorrerá a cerimônia de posse do prefeito e vice-prefeito eleitos, além dos 19 vereadores. A Gazeta transmitirá ao vivo pelos canais das redes sociais.

No apagar as luzes

Recentemente, um cidadão vindo de minhas origens gaúchas postou um áudio morno, que o levou a compartilhar um podcast logo abaixo da minha coluna. Nela, discutimos as falcatruas e os benefícios questionáveis ​​que estão sendo feitos no final da gestão atual. Como jornalista com mais de 42 anos de atuação, citou uma frase de um amigo “causídico” que é bastante relevante para o momento: “Quem tem medo de defecar, não come”.

No apagar as luzes I

Vou trazer à tona qualquer desvio de finalidade ou benesse a quem quer que seja o mandatário de hoje ou de amanhã. E, mais uma vez, repito que o desmonte das políticas públicas no apagamento das luzes da atual gestão da Prefeitura de Toledo continua, com exemplos claros de descaso. Um caso emblemático e inaceitável é a recente alteração da legislação vigente, que visa regularizar obras realizadas de acordo com as disposições definidas para o zoneamento, uso e ocupação do solo urbano do município. O mais alarmante é que essa manobra parece beneficiária diretamente do secretário de Indústria e Comércio de Toledo, conhecido “AGRODESECO”. Cadê nosso MP?

No apagar as Luzes II

Além disso, há um evidente abandono das boas iniciativas herdadas da gestão anterior, especialmente em relação às praças e lagos da cidade. Projetos que deveriam promover o lazer e a qualidade de vida para a população estão completamente desativados: chafarizes e cachoeiras não funcionam, pontes estão largadas e praças carecem de manutenção básica.

No apagar as Luzes III

Os campos de futebol sintético, que antes eram motivo de orgulho, foram negligenciados ao ponto de se tornarem gramados comuns. Até mesmo as instituições de ensino, como os CMEIs, enfrentam dificuldades, sendo obrigadas a organizar eventos para arrecadar recursos destinados a melhorias estruturais mínimas, como a instalação de pisos (CMEI – Roseana- Orquídeas)

No apagar as Luzes IV

Nesse dia 26, novas denúncias vieram à tona envolvendo o pátio de máquinas da Prefeitura. Segundo o Ser Toledo, um dos bebedouros utilizados pelos trabalhadores foi retirado sob a justificativa de que foi emprestado de outro setor. Enquanto isso, os servidores continuam desenvolvendo suas atividades, mesmo sem as condições mínimas de trabalho garantidas. Isso nos leva a uma reflexão detalhada: como é possível permitir que necessidades tão básicas, como o acesso à água potável, sejam negligenciadas?

No apagar as luzes V

Esse cenário não é apenas desolador; é um retrato preocupado com o descompromisso da gestão atual com a população e com a cidade de Toledo. O apagar das luzes deveria simbolizar um momento de transição responsável, mas o que se vê é um retrocesso que penaliza a população em todo seu bojo.

  A transição de Toledo – entre expectativas e despedidas

Faltam apenas cinco dias para que Toledo entre em uma nova era política. No próximo 1º de janeiro, a cidade será governada por Mario Costenaro, um arquiteto de 60 anos, que assumirá a Prefeitura após uma campanha vitoriosa, conquistando 35.189 votos. A expectativa é grande, mas a transição não tem sido isenta de polêmica

Costenaro, respaldado por uma coalizão de oito partidos, já se prepara para os primeiros passos do novo governo. Dezesseis nomes foram divulgados para sua equipe de secretários, mas ainda há cargas a serem definidas. O que se sabe é que, no dia 27, ele retornará de uma breve pausa para descanso e entrega a se reunir com os futuros gestores da cidade. O Teatro Municipal de Toledo será palco da audiência de posse, onde não apenas o novo prefeito, mas também o vice, assumirão suas cargas.

Porém, o cenário político atual não é imune a críticas. Nos últimos dias da gestão, os atos administrativos finais geraram insatisfação. Em um áudio compartilhado recentemente em grupo de lideranças por um cidadão recém[U1]  chegado a Toledo, esse jornalista com mais de quatro décadas de experiência o responde com a frase “Quem tem medo de defecar, não come”, refletindo sobre as possíveis falcatruas e manobras questionáveis ​​que estão sendo feitas no fim do governo atual e que, não foi bem aceita pelo dito chegante. O desmonte de políticas públicas e a alteração de legislações que aparentemente beneficiam interesses pessoais foram denunciados, com destaque para a recente mudança na legislação do uso do solo urbano, entre outras decisões que ainda irão gerar muita polêmica judicial.  Jamais me calarei para esse, ou para os gestores que assumem. Jamais!  

A transição

Enquanto isso, a cidade se prepara para a cerimônia de posse, marcada para o dia 1º de janeiro, quando as luzes da gestão atual se apagam e as do novo governo se acendem. O desafio será grande, e a cobrança pelas mudanças será ainda maior. O olhar atento da população e a pressão por resultados não deixarão espaço para erros. Toledo espera mais do que promessas; espera ações concretas, honestidade e uma gestão que de fato coloque a cidade nos trilhos.

Assim, ao mesmo tempo em que a cidade se despede de uma administração, ela se enche de esperança pelo que está por vir. O futuro político de Toledo está sendo desenhado agora, com nuances de expectativa e uma dúvida latente sobre o que será construído nos próximos anos. O que se verá nos próximos dias e meses não é apenas uma transição de poder, mas uma chance de a nova gestão, mostrar melhores resultados ao final de seu mando.


 [U1]