Os alunos de escolas públicas e particulares foram um dos primeiros públicos a suspender as atividades durante a pandemia no novo coronavírus. Com comportamentos e rotinas que apresentavam grande risco de contágio, optou-se por manter as aulas e exercícios apenas à distância. Para isso acontecer, toda a comunidade teve que mudar rotinas e adotar meios virtuais para manter o processo de ensino x aprendizagem. 

Com a publicação do Decreto Nº 945/2020 na última semana, abrindo a possibilidade do retorno das aulas, desde que seguidas medidas rígidas previstas no documento, oito escolas particulares protocolaram seus planos de contingência na Prefeitura solicitando este retorno.

Uma Comissão Intersetorial foi criada ainda em agosto deste ano para discutir como seria o momento de volta às aulas. O histórico da pandemia apresentou um cenário ao longo do tempo que foi fundamental para que houvesse a mudança no entendimento das autoridades de saúde e dos que defendiam o isolamento das crianças. 

A Covid-19 teve pessoas entre 20 e 59 anos como seu maior público contaminado, porém os idosos acima de 60 foram os mais impactados com a doença, inclusive é a faixa etária com maior número de óbitos no município. Já as crianças, também foram diagnosticadas positivas para a doença, porém, os efeitos sintomáticos foram os mais leves, além da recuperação ser mais rápida e eficiente. 

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Na prática, a dificuldade de manter distanciamento e uso de máscara entre crianças é bem maior, o que aumenta a vulnerabilidade e possibilidade de entrarem em contato com a doença. Mas a grande preocupação é com o público adulto e idoso que mantém contato com o público infantil e mais jovem. 

Na avaliação dos educadores e profissionais de saúde não é justo que as crianças tenham todas as suas atividades suspensas, quando é outro público que acaba sofrendo mais as consequências de uma possível contaminação do novo coronavírus. 

A Comissão Intersetorial que estudou medidas para o retorno das aulas é formada por profissionais da área de medicina, enfermagem e educação. São representantes do Comitê de Operações Emergenciais (COE), da Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Associação de Pais, Sindicato das Escolas Particulares, Núcleo Regional de Educação e Sindicato dos Professores. 

Um protocolo foi construído para dar segurança aos alunos e professores no retorno das aulas. O documento serviu de base para as recomendações que constam no Decreto Nº 945/2020 disciplinando como poderá acontecer o retorno das aulas. 

Para isso, é levado em consideração a situação epidemiológica do município e a Matriz de Risco para a Covid-19. Essa é a terceira semana consecutiva que Toledo apresenta índices baixos de contaminação e óbitos. O alerta está na Bandeira Amarela, porém ainda é cedo para considerar que a situação esteja estabilizada. 

Piloto

Um projeto piloto deve ser proposto para garantir o retorno das aulas entre alguns alunos do quinto ano da Rede Municipal de Ensino. A proposta será discutida com os pais, que devem aprovar e se responsabilizar com as regras e medidas que devem ser adotadas. Os professores da Rede passarão por treinamentos e capacitações de forma que em 2021 todas as séries possam ter um retorno seguro. As turmas que retornarem esse ano também servirão de referência e estudo sobre as medidas que devem ser adotadas em cada unidade de ensino. 

Retorno

Para o retorno imediato, os estabelecimentos, independente se públicos ou privados, deverão atender a algumas normas. Entre elas, escalonamento das turmas, o horário para entrada e saída das turmas não poderá acontecer de forma simultânea; é preciso manter pelo menos duas rotas, uma para entrada e outra para saída; restringir a entrada de pessoas no colégio, somente alunos e professores devem circular na escola; cada semana a turma terá aula apenas com um professor; deverá ser controlada a temperatura na entrada; no local deve ser viabilizada uma sala de isolamento, caso apareçam casos suspeitos. 

Essas e outras exigências deverão constar no plano de contingências de cada unidade escolar e disciplinará o retorno das aulas. Até o momento está descartado o retorno da modalidade creche e das aulas da Rede Municipal, com exceção do projeto piloto, no ano de 2020. 

O plano de contingências das oito escolas particulares que solicitaram o retorno das aulas está sendo analisado por uma equipe técnica. O próximo dia 04 de novembro está previsto o retorno da primeira escola, já com as medidas de prevenção em prática. Neste momento as instituições estão consultando os pais para definirem quais alunos devem retornar para o ensino presencial e quais permanecerão no acesso remoto.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação