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Entenda como algoritmos e dados estão mudando o mundo jurídico

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Foto: Istock/wutwhanfoto

Grandes investimentos em tecnologia têm acelerado o andamento de processos, automatizando tarefas e até mesmo criando novas estratégias jurídicas nos tribunais

O avanço da tecnologia tem estabelecido novos paradigmas no mundo do trabalho. Mesmo em áreas tradicionais, como a do Direito, isso não tem sido diferente. O ramo jurídico hoje sente o impacto das novas tecnologias como a Inteligência Artificial, por exemplo. Trata-se de um caminho sem volta, que exigirá adaptação por parte dos trabalhadores.

Nisso, incluem-se advogados, juízes e escreventes, em seus respectivos escritórios, cartórios e tribunais. A automação de tarefas e a habilidade de lidar rapidamente com volumes imensos de dados, caso dos processos, certamente trarão celeridade para as decisões, mas ainda esbarram nas incertezas de uma tecnologia ainda incipiente.

Alguns dos problemas dizem respeito a manipulação de dados sensíveis e proteção da privacidade. Por outro lado, os benefícios são muitos. Dentre eles, a possibilidade de reduzir de forma significativa o tempo despendido na elaboração de processos, por exemplo. Isso significa redução de custos e também a oportunidade de poder aceitar mais clientes.

O que são as legaltechs?

Este novo modelo de trabalho está presente nas chamadas legaltechs, ou lawtechs. Com mais de 400 empresas no Brasil, este tipo de startup está em franca ascensão. Ele traz o que há de mais novo na tecnologia e na IA para automação de contratos, busca inteligente de documentos e acompanhamento de dados públicos.

O crescimento de 300% de legaltechs associadas à AB2L, a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs, em menos de 10 anos de sua fundação pode ser explicado por um movimento maior, a nível federal. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, lançado em agosto, pretende investir cerca de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos em tecnologia no país.

Benefícios da tecnologia

Para os escritórios de advocacia, o modelo auxilia na previsão dos resultados de determinado processo e até mesmo na escolha de uma estratégia para sua defesa. Tudo com base em algoritmos e dados coletados. Menos riscos jurídicos significam mais assertividade sobre cada caso e vantagem competitiva.

Essa prática jurídica baseada em dados e estatísticas leva o nome de jurimetria e tem crescido, uma vez que complementa o uso da IA. Algumas startups aplicam de tal forma a jurimetria que conseguem taxas de acerto próximas de 100% sobre valores de acordos trabalhistas. A análise dos dados e de tantos outros, como o padrão de decisões de juízes, garante inúmeras vantagens.

Proteção de dados é fundamental

Contudo, tamanho uso de dados exige responsabilidade. Afinal, muitas dessas informações são sensíveis e podem cair em mãos erradas. Logo, é imprescindível que os advogados tenham cuidado e supervisionem as decisões algorítmicas para não recair em crimes. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é bastante severa nesse sentido.

Curiosamente, a questão dos dados abre precedente para uma nova área do Direito. O Direito Digital é um campo que certamente será cada vez mais exigido, uma vez que a tecnologia só tende a se aprofundar. Quem procurar se especializar nele, bem como dominar as novas ferramentas tecnológicas, poderá se colocar à frente no mercado de trabalho.

Fonte: Assessoria

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Edição nº2794 – 02/10/2025

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