Por Marcos Antonio Santos
As eleições municipais serão realizadas apenas em outubro de 2024, mas o Partido Progressistas (PP) do município de Toledo já está se preparando para o próximo pleito. No último sábado, 15, aconteceu no Clube Caça e Pesca, o 1º Encontro Regional. O evento contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas, com destaque para o deputado federal Dilceu Sperafico, o ex-vereador Luís Fritzen, o ex-deputado estadual Natan Sperafico, os ex-prefeitos Lucio de Marchi e Derli Donin, além de outras lideranças políticas da região Oeste.
A programação teve palestras de formação e capacitação sobre Direito Eleitoral, Prestação de Contas Eleitoral e a Participação da Mulher na Política. Dilceu Sperafico afirmou que o objetivo do encontro foi fortalecer o partido na região e debater temas relevantes para a política local e nacional. E que foi uma oportunidade para estreitar os laços entre os membros do partido e discutir questões importantes para a região. “Queremos sim continuar fazendo mais movimentos para nos prepararmos muito bem para as eleições municipais. O PP com os seus aliados da região irá participar na majoritária, sozinho ou em parceria com outros prefeitos, e com uma grande coligação de vereadores”.
O presidente do diretório do PP de Toledo, Leandro Nesello destaca que o partido tem alguns nomes para candidatos a prefeito e vice, porém não descarta debater novas alianças. “O PP de Toledo tem ótimos nomes para se colocarem como candidatos, mas é certo que hoje ninguém anda sozinho na política e precisamos caminhar lado a lado com partidos que tenham o mesmo ideal do Progressistas. Temos nomes que serão apresentados, e se dessa união entendermos que o nosso nome é melhor para compor a majoritária, ótimo, tem um candidato melhor em outro partido não terá problema, o PP anda junto, lançaremos um vice se esse for o entendimento. O que queremos é o melhor para Toledo”.
Segundo Nesello, a política somente tem valor se for para mudar a vida das pessoas. E ele ainda enaltece que é fundamental a participação das mulheres na vida pública. “Em Toledo, o PP terá que lançar no mínimo seis mulheres candidatas a Câmara de Vereadores. Elas estão ocupando cada vez mais espaço na política, o que é ótimo para toda a sociedade. Precisamos de mulheres empenhadas que tenham a intenção de fazer um bom trabalho. A política somente tem o seu resultado se for para melhorar a vida das pessoas. O que tentamos passar nesse encontro foram informações e propostas para a criação de novas lideranças, e no futuro enquanto ocuparem cargos políticos, que elas possam transformar para melhor a vida da população”, diz.
Sperafico diz que Brasil vive momento conturbado. E confirma CPI para investigar as invasões do MST
O deputado federal Dilceu Sperafico, que também participou na última sexta-feira, 14, do encontro da Associação Direita Toledo, no Vyllyn Eventos, estrada linha Mandarina, em entrevista à Gazeta de Toledo afirmou que o Brasil vive hoje um momento muito difícil e conturbado. “Temos uma divisão nacional muito ampla desde o período eleitoral do ano passado, é uma realidade que vivemos e isso não adianta esconder. Hoje não há conciliação, até porque o atual governo não está fazendo nada para melhorar esse relacionamento, pelo contrário, somente está agredindo, o que somente gera desgaste para o país”.
As invasões coletivas de terras no Brasil em 2023 ultrapassaram todos os registros de 2019, primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). São 13 ocupações já registradas nos três primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sperafico comenta que em razão desse aumento será aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as recentes invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “A CPI já tem todas as assinaturas, somente está dependendo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para ser lido em plenário. Ele assumiu um compromisso com a Frente Parlamentar da Agricultura para os próximos dias abrir essa CPI. As invasões de terras provocam incertezas para o agricultor, que não pode fazer um investimento porque não sabe se estará tranquilo dentro da sua propriedade. A nossa constituição preza pela liberdade e propriedade privada, e o governo não está cuidando disso. Há necessidade de o Congresso tomar uma medida por meio dessa CPI para dar tranquilidade ao homem do campo continuar produzindo”.
Sperafico disse que o governo não terá facilidade em aprovar o arcabouço fiscal, que altera o formato da meta de resultado primário das contas públicas, ou seja, o saldo entre a arrecadação e as despesas do governo, sem considerar o pagamento de juros da dívida. Hoje, a meta de resultado primário é um valor exato. “ Nós do agronegócio teremos dificuldades, já pagamos taxas e o governo pretende taxar ainda mais, isso vai começar a inviabilizar o financiamento agrícola, compra de máquinas e até mesmo para o próprio custeio. Se a balança comercial e o PIB são positivos é graças ao agronegócio, e não vejo o governo valorizar isso. No Brasil além de não recebermos subsídios somos taxados. O arcabouço fiscal para o agronegócio será muito difícil ser aprovado”, afirma o deputado.
