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Na última sexta-feira (24), foi divulgado pela Comissão Eleitoral, responsável por coordenar todo o processo, o Edital de Homologação das Chapas do Processo Eleitoral de 2024 do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (SerToledo) para a gestão 2024-2028. Essa comissão é formada por membros externos, sendo eles Dalton Bueno Fernandes, Cleverton Camargo Macedo e Anderson Teixeira.
Apenas uma chapa inscrita
Nessa primeira etapa, foi homologada a candidatura de apenas uma única chapa inscrita no Processo Eleitoral, denominada “Você conhece, você confia”, liderada pela atual secretária-geral, Marlene Silva. Fazem parte dessa chapa vários componentes da atual direção, que terão a obrigação de dar continuidade aos excelentes trabalhos desenvolvidos até agora. A chapa foi homologada como “Chapa 01”.
Conselho Deliberativo
TITULARES: Edineia de Lima, Ivanete Maria Pizzato, Lucenice Leite dos Santos, Maura Regina Teixeira, Maria Helena Arenhardt, Marcelo Neves Santos Birkhan, Marlene da Silva, Marisa Salete Todescatt, Marcos André Portela de Andrade, Marcos Aparecido dos Santos, Rosemara de Oliveira Costa e Suelin Cristiane Schultz.
SUPLENTES: Andréia Aparecida Soares, Denis Júnior Bell Aver e Joice Fernandes dos Santos.
Conselho Fiscal
TITULARES: Salete Datsch, Sirlei de Brito Bortolini e Reni Hedi Probst Santos.
SUPLENTES: Ronaldo Vitalino Rodrigues e Renata Cristina Policiano Miquilino.
Prazos
Vale lembrar que o prazo para impugnações das candidaturas vai até a próxima quarta-feira, 29. Eu, como jornalista que acompanha profissionalmente as atividades da atual direção, vejo poucas possibilidades de uma impugnação, até mesmo porque, desde a vitória obtida na última disputa, e devido à grande competência do grupo que hoje comanda, as concorrências foram desarticuladas. Sendo assim, melhor para os servidores do Município, que terão mais quatro anos de valorização e conquistas.
O cerceamento significa desespero?
Alguns servidores tiveram que se filiar aos partidos que estão na base do prefeito, sob a ameaça de perderem alguns benefícios caso não o fizessem, e, dependendo do caso, poderiam perder até o próprio cargo que ocupam. Em alguns casos, o GDO foi bem além: até na vida privada, depois do expediente, alguns servidores sofreram interferência.
O cerceamento significa desespero? I
Já outros, preferiram deixar o cargo a ter que, ridiculamente, se sujeitar a ser capacho de seus comandantes, como está impregnado nas testas de muitos, principalmente aqueles que detêm cargos comissionados na atual gestão. E as mulheres que não aceitaram ser candidatas pelos partidos de apoio ao governo atual, como estão? Na rua ou sem “mimos”?
Cerceamento significa desespero? II
O mais ridículo foi ver um secretário tentar dar rasteiras em um diretor só porque a “luz” desse diretor estava com mais “lumens”. Pior ainda foi o secretário se dar à desfaçatez de, em um dia do ano passado, tentar “tirar” uma “FG” de um casal e, dois dias depois, voltar atrás afirmando ser um equívoco de seu “papai”, e que o mesmo queria consertar. Claro, na condição de que esses ocupantes de cargos (não comissionados) trabalhassem para o “nó-cego” da casinha ao lado.
Dinheiro para a Fazenda Esperança
Em março, o deputado federal Dilceu Sperafico comunicou à direção da Fazenda Esperança que iria repassar o valor de R$ 350 mil para serem aplicados na instituição. Nesse mesmo dia, também foi anunciado o valor de R$ 1 milhão para a construção de asfalto que liga a Fazenda à PR-317.
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Entrega
Na semana passada, o assessor direto do deputado Dilceu Sperafico, Wanderlei Queiroz, que o representou, fez a entrega oficial dos R$ 350 mil à direção da Fazenda Esperança, unidade de Toledo.
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A chapa única e a democracia tranquila
Na última sexta-feira, quando a cidade de Toledo ainda bocejava após uma semana de trabalho, surgiu a notícia que parecia trivial, mas carregava em si um reflexo peculiar do cotidiano político de Toledo. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, nosso SerToledo, terá uma eleição singular: apenas uma chapa inscrita para a gestão de 2024-2028.
“Você conhece, você confia” – o nome da chapa ecoa familiaridade e segurança. Liderada por Marlene Silva, a atual secretária-geral, a equipe promete continuidade e solidez. É um cenário quase utópico, onde a ausência de concorrência sugere uma confiança coletiva na liderança vigente. A chapa única, longe de ser um sinal de apatia, parece ser um testemunho da satisfação dos servidores com a administração atual.
O Conselho Deliberativo está repleto de nomes conhecidos e confiáveis, como Edineia de Lima e Maria Helena Arenhardt. Essas figuras, que permeiam os corredores do sindicato com um misto de autoridade e simpatia, são agora os guardiões da próxima gestão. O Conselho Fiscal, com titãs da responsabilidade como Salete Datsch e Sirlei de Brito Bortolini, reforça a imagem de uma fortaleza administrativa.
Mas será que a tranquilidade dessa eleição, com sua única chapa, é de fato um sinal de uma democracia saudável? Ou estaria ela mascarando uma possível falta de interesse ou, quem sabe, uma desmobilização silenciosa da oposição? A resposta talvez resida no trabalho que tem sido feito. Desde a última eleição, a direção atual desarticulou a concorrência com competência, fazendo jus ao lema “Você conhece, você confia”.
Eu, enquanto jornalista, que acompanha de perto as engrenagens dessa máquina sindical, percebi que a gestão atual tem se esmerado em seus deveres. Mas, como em qualquer cenário político, sempre existe um quê de dúvida. Até a próxima quarta-feira, dia 29, há um prazo para impugnações. Pouco provável que surja uma contestação significativa, mas a política, assim como a vida, é cheia de surpresas.
Essa eleição com uma única chapa inscrita, embora tranquila, nos faz refletir sobre a essência da democracia. A verdadeira democracia não é apenas a pluralidade de candidatos, mas também a confiança coletiva no processo e na liderança escolhida. Em Toledo, por enquanto, parece que essa confiança está intacta.
Enquanto isso, nas padarias, cafés e “bocas”, a conversa sobre a chapa única divide espaço com o futebol, clima e a dengue. Os servidores, com seus cafés fumegantes, talvez sorriam, satisfeitos, pensando que, pelo menos por agora, sabem bem em quem confiar, mais uma vez.
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