Por Fernando Braga
Uma situação problemática, não só para os cidadãos como também para os profissionais de segurança, foi registrada nesta segunda-feira (15), quando a Guarda Municipal de Toledo deteve pela segunda vez, em apenas três dias, uma mulher envolvida com moradores de rua e com ilicitudes. Dessa vez, ela foi presa juntamente com um homem e os dois casos, envolvendo flagrantes, aconteceram nas imediações da rodoviária de Toledo.
A Guarda Municipal tem intensificado as ações de fiscalização e combate ao crime no terminal rodoviário Alcido Leonardi e adjacências. Paulatinamente, ações vêm sendo efetuadas nessa região, que habitualmente é frequentada por pessoas em situação de rua e outros desocupados, sendo que alguns têm envolvimento com a prática de crimes.

Na última sexta-feira (12), equipes da Guarda Municipal fizeram uma abordagem na praça da rodoviária e revistaram todos os andarilhos e desocupados que lá estavam. Sabendo que o local serve para consumo de entorpecentes e como esconderijo para ilícitos, como armas e drogas, os agentes da GM solicitaram apoio da PM. Em uma varredura feita nos arredores, foram encontradas algumas armas brancas, que vemos na foto abaixo. Apesar da ilicitude, nenhum dos presentes assumiu a propriedade dos artefatos e por isso ninguém foi preso.

Apresar do zelo pela segurança e eficiência das equipes no patrulhamento preventivo e nas abordagens que realizam, o fato que mais chamou a atenção nesta ação, foi a prisão de Patrícia Gonçalves da Silva, que na ocasião gerou suspeita e acabou presa, após ser revistada. Enquanto os agentes revistavam os andarilhos, ela tentou se esquivar das equipes e se afastou para não ser abordada. Os militares e os guardas municipais logo a alcançaram e deram a ela voz de abordagem. Ao revistar a bolsa da mulher, encontraram uma pequena porção de maconha, o que foi caracterizado, num primeiro momento, como droga para consumo pessoal.

Naquela sexta-feira, Patrícia foi levada para a sede da 1ª Cia da Polícia Militar e liberada, após a lavratura de um TCIP (Termo Circunstanciado de Infração Penal). Ocorre, porém, que na tarde de hoje as equipes da Guarda Municipal continuaram a fazer patrulhamento preventivo na região da rodoviária e, por volta das 16h, avistaram novamente Patrícia, que desta vez estava com os cabelos mais curtos e acompanhada por Gabriel de Oliveira Santos, outro elemento que se envolve com andarilhos e é bem conhecido no meio policial. Eles estavam próximos a uma árvore, no pátio da rodoviária, e quando perceberam a presença da viatura, saíram de perto, deixando uma bolsa no local.
A equipe foi atrás dos dois e os perdeu de vista, ao dar a volta com a viatura. No entanto, os agentes aguardaram que alguém retornasse para pegar a bolsa e, dessa forma, flagraram Gabriel tentando recuperá-la. Nesse momento, o infrator foi alcançado e recebeu voz de abordagem. Questionado sobre a bolsa, ele afirmou que Patrícia foi quem a trouxe e que nela estariam suas roupas. Os guardas municipais, quando revistaram a bolsa, encontraram 4 munições de calibre .38, além de peças de roupa (três camisetas e duas calças).
Posteriormente, Patrícia foi vista caminhando atrás da rodoviária, onde também foi abordada. Desde que foi detida na última semana, ela havia cortado os cabelos no intiuito de modificar a aparência para não chamar a atenção das equipes, uma vez que vem comentendo muitos delitos e está ‘manjada’ pelos profissionais da segurança pública. Ao ser indagada, ela confirmou que levou a bolsa a Gabriel, mas disse desconhecer a propriedade das munições.

Ao que tudo indica, uma arma de fogo pode estar escondida na praça da rodoviária ou nos arredores, como estavam as armas brancas apreendidas na sexta-feira. Buscas estão sendo feitas pela GM para localizá-la.
Contudo, desta vez Patrícia foi recolhida. Ela recebeu voz de prisão, assim como Gabriel, e os dois foram encaminhados para a 20ª SDP. As munições foram apreendidas e a bolsa com os pertences foi deixada sob os cuidados de uma pessoa indicada pelos presos.
Vale ressaltar que ao serem fichados na polícia, os dois alegaram possuir residência fixa. Portanto, não se trata de moradores de rua, embora convivam com os andarilhos que vagam pela rodoviária e seus arredores. Não estão em situação de rua, mas se aproveitam daqueles que estão para, junto a eles, cometerem crimes.