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Doação de órgãos é um gesto nobre, de amor ao próximo e solidariedade

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Por Marcos Antonio Santos

O mês de setembro tem uma importante campanha no Brasil: o “Setembro Verde”. Esse é o mês dedicado à conscientização e ao incentivo à doação de órgãos. O objetivo é destacar que a informação sobre o ato de doar órgãos pode salvar vidas, além de ser um pilar importante nesse processo e que precisa ser difundida.  E nessa quarta-feira, 27, é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. 

HOESP – E uma das referências de doações de órgãos no Paraná e no Brasil é a Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp/Bom Jesus). Vale lembrar que no último dia 21 de setembro, o Bom Jesus acompanhou a captação de oito órgãos para doação. As doações foram possíveis após o diagnóstico de morte encefálica de dois pacientes no hospital. Foram captados dois fígados, dois rins e quatro córneas.

AGRADECIMENTO – O coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Bom Jesus, o enfermeiro Itamar Weiwanko agradece a todas as famílias, que em um momento tão difícil ainda encontra forças de solidariedade com o próximo. “Nós, por meio do Hospital Bom Jesus nesse momento que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos gostaríamos de agradecer a todas as famílias, que no momento da dor, do luto, da perda, fala o sim para outras famílias sem mesmo conhecer. É um gesto nobre, de amor ao próximo, e ainda um gesto solidário, que é a autorização de órgãos que acontece no Bom Jesus de 2006 até agora em 2023. Gostaríamos também de reforçar a importância que é a conversa sobre essa temática, esse dia é um momento de reflexão: se isso acontecer qual seria a sua decisão?”, pergunta Itamar Weiwanko.

O Paraná vem se consolidando, ano após ano, como protagonista nos transplantes de órgãos no país. Foto: Albari Rosa/ AEN

O Hospital Bom Jesus há muitos anos é um exemplo nesta nobre missão de salvar vidas, por meio da doação de órgãos, Itamar Weiwanko revela que o protocolo de doação para cada dez pacientes, em 2022, foi de 9,5 das famílias que aceitaram a doação. Ele confirma que no hospital, nos últimos dez anos, de cada 10 protocolos concluídos, que se abre a possibilidade de fazer a pergunta a família se quer doar os órgãos, 9,4 concordam. 

TAXA DE ACEITE PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NA HOSEP – Em 2015, 94%; 2016, 100%; 2017, 88%; 2018, 98%; 2019, 94%; 2020, 88%; 2021, 100%, 2022, 95%; 2023, 95%. A média entre 2015 a 2023 é de 94%.

A Espanha tem uma legislação diferente, sendo o país número 1 do mundo em doações e transplantes de órgãos. “De cada 10 pessoas, oito doam na Espanha. No Paraná, de cada 10 protocolos, sete doam; no Brasil, de cada 10, apenas 4,5 doam; no Bom Jesus, de cada dez, 9,4 acolhem a doação”, confirma Weiwanko.

Dr. Fernando Ronan comenta que uma doação pode salvar muitas vidas. “A gente sabe que pelo menos um doador pode doar até seis a sete órgãos vitais”.

MORTE ENCEFÁLICA – De acordo com Dr. Wilson Gomes Junior, o paciente para fazer parte do protocolo de morte cerebral precisa ter ou um AVC, um derrame; um traumatismo craniano; uma encefalopatia hipóxico isquêmica, ou seja, faltar oxigênio de forma dramática e irreversível para esse cérebro; uma meningite ou um tumor cerebral.

“O paciente que está em ambiente de UTI e já temos mais de 24 horas sem sedação alguma e ele não consegue fazer nenhum movimento respiratório, e está totalmente dependente do ventilador, então se faz o primeiro protocolo de morte encefálica, onde avaliamos cinco reflexos fundamentais, esse exame é repetido por outro médico uma hora depois, logo após é feito o teste da apneia, e, enfim, o teste confirmatório de morte encefálica”, esclarece   Wilson Gomes.

Preparação para a captação de órgãos. Foto: assessoria Hoesp

O Dr. Fernando Ronan reforça ainda que se o celebro não tem função, ele é declarado em óbito. “Esse paciente não tem mais volta. E nesse momento do óbito do paciente é disponibilizado para a família a possibilidade de doação de órgãos”.

FILA DE ESPERA – O rim é um dos órgãos que possui uma grande lista de espera. Quem faz o controle da fila e disponibiliza os órgãos para doação é a Central do Transplante. Ao todo, hoje, são 3.670 pessoas no Paraná aguardando por uma doação de órgão, e vem aumentando. O cirurgião Nestor Saucedo Junior afirma que toda a doação é muito bem-vinda. “Porque a gente sabe que toda a fila de espera existe morte em quase todos os dias no Brasil”.

O rim, segundo a Central do Transplante, até o mês de julho tinha um total de 1898 pacientes na fila de espera; córneas, 1260; fígado, 237; rim pâncreas, 23; pulmão, 20; coração, 30 pacientes “O coração tem um tempo de 4 horas para ser transplantado e começar a bater no peito de uma outra pessoa, em qualquer lugar do Brasil; o fígado são 12 horas de espera; os rins são 18 horas; as córneas podem ficar em conservação por até 15 dias; os ossos podem ser congelados por até cinco anos. É a família que tem nas suas mãos a vida para outra pessoa que está aguardando de forma desesperrada”, afirma Itamar Weiwanko.

Dia 21 de setembro, foram captados dois fígados, dois rins e quatro córneas. Foto: assessoria Hoesp

Nesta quinta-feira, 28, as 17h, na capela da Hoesp será realizado um culto ecumênico em comemoração aos 52 anos da Hoesp. Este mês tem grande importância para o hospital com a comemoração do Setembro Verde e Setembro Amarelo.  

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Edição nº2786 – 24/06/2025

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