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Do cheque sem fundo à folha inchada: a lógica empresarial de “Bubu” aplicada à Câmara

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Na presidência da Câmara Municipal de Toledo, o ex-presidente mais conhecido como “no-cego” aplicou com maestria aquilo que mais domina — não a gestão pública, mas o velho hábito de gastar o que não tem e ostentar o que nunca teve.

O gráfico abaixo mostra, com dados de 2019 a 2024, a evolução da despesa total com pessoal, acompanhada dos respectivos percentuais de aumento ano a ano. É fácil notar que nos anos de 2023 e 2024, sob o comando do ilustre “BUBÚ”, houve um salto digno de holofotes: um aumento acumulado de 65,12% nos custos com pessoal.

Coincidência? Difícil acreditar.
Mais provável é que “BUBÚ” tenha confundido o orçamento da Câmara com o cartão de crédito vencido das suas empresas — aquelas mesmas que deixaram rastros de falência e dívidas que devem até a quinta geração.

Assim, a máquina pública virou palco para encenação de poder e vaidade, enquanto o contribuinte paga — em dia — por esse espetáculo nada gratuito. Nem vou falar do resgate do Jeep.

Fraude? Só se for à paciência do eleitor: Justiça desmonta mais uma ficção eleitoral produzida pelos da “bolha”.

Depois de meses de especulação, manchetes inflamadas e postagens carregadas de indignação moral seletiva, a Justiça Eleitoral de Toledo finalmente encerrou o espetáculo — e, como se previa nos bastidores mais lúcidos, o roteiro terminou com o mais clássico dos desfechos: improcedente.

A peça dramática encenada por PL, MDB, PSD e União Brasil pretendia vender à opinião pública um escândalo de “candidata laranja”. Diziam que Ana Célia Barbosa de Almeida, candidata pelo PP, era só um nome para preencher cota de gênero. O número de votos dela (sete) virou meme político, argumento jurídico e combustível para a fogueira moral dos justiceiros de plantão. Não faltaram prints, indignações performáticas e vídeos em modo selfie com olhos esbugalhados e dedo em riste.

O ex-vice-prefeito, por exemplo, assumiu o protagonismo de uma cruzada ética via redes sociais, na qual ele julgava, condenava e sentenciava com a velocidade de um tweet e a profundidade de uma colher de chá. Faltaram apenas a capa e o martelo do juiz — porque convicção e pose ele já tinha.

Mas a Justiça, essa senhora chata que insiste em provas e contraditório, resolveu fazer seu papel. E que audácia a dela! Avaliou os autos, ouviu testemunhas, examinou contas e… bom, que decepção para os acusadores: não houve fraude.

Ana Célia fez campanha. Gravou vídeos. Distribuiu santinhos. Participou de eventos. Adesivou carro. Pediu votos. Gastou recursos. Enfim, foi candidata de verdade, só não teve a sorte (ou a máquina) que outros tiveram. E pasmem: baixa votação não é crime!

A tentativa de transformar ausência de likes em ato ilícito naufragou no bom e velho Direito. O juiz Alexandre Afonso KnaKiewicz foi direto: a candidatura de Ana Célia foi legítima. Faltou consistência à acusação, sobrou precipitação na indignação.

E agora, quem vai apagar os posts? Quem vai devolver a honra? O silêncio dos acusadores grita mais alto que seus discursos vazios. O grupo moralista que tentou surfar na onda do escândalo agora poderia muito bem lançar um novo projeto: “Pagode da Decadência — Vol. 1: Acusamos Mal, Julgamos Pior.” Faixa de abertura? “Mais uma derrota pra conta dos moradores da bolha.”

No fim, o processo que pretendia limpar a política serviu apenas para sujar reputações alheias e mostrar que, no palco da vaidade política, há quem prefira manchete a justiça.

Mas a Justiça respondeu. Tarde? Talvez. Em silêncio? Sim. Mas respondeu.
Improcedente.

E no próximo episódio, quem sabe, vejamos esses justiceiros respondendo… no banco dos réus?

AO VIVO na Gazeta — Nesta terça-feira, dia 20!  16h30


Receberemos Luiz Fernando Casagrande Pereira, doutor e mestre em Processo Civil pela UFPR e atual presidente da OAB Paraná (gestão 2025–2027).

Ele vai falar sobre:

🔹 Qual é a real qualidade dos cursos de Direito no Brasil?
🔹 Como a OAB se posiciona diante de possíveis abusos por parte dos ministros?
🔹 Qual será o papel de Casagrande Pereira no 1º Conjuri de Toledo?
🔹 E como a Inteligência Artificial está impactando — e invadindo — a advocacia?

“Vereador não é enfeite de palanque”

Há uma estranha tradição que ainda resiste em muitos cantos do Brasil, inclusive em Toledo: a de eleger vereador como se fosse um prêmio de consolação — uma cadeira para o camarada, o compadre, o sujeito que “ajudou na campanha” ou que “fala bonito no WhatsApp”. E é assim que o eleitor, distraído ou enganado, entrega uma chave importante da democracia a quem só sabe trancar portas.

É preciso dizer com todas as letras: vereador não é enfeite de palanque, nem mascote de partido. É fiscal do povo. É agente de mudança. Mas o que se viu nos últimos tempos foi um desfile de vaidades mal disfarçadas, onde o interesse público era só figurante num palco dominado pela politicagem, pela troca de favores e pela soberba de quem nunca desceu do salto — mesmo tendo tropeçado na própria vaidade.

E Toledo viu. Viu vereadores que mais pareciam herdeiros de castelos de areia — construídos na base da lábia, do oportunismo e da manipulação. Mas a maré virou. A tal “bolha” estourou, e as urnas, enfim, deram o recado: não há espaço para quem usa o cargo para negociar silêncio, favores ou visibilidade.

O eleitor começa a entender que não basta um aperto de mão na feira ou um discurso inflamado em rede social. O povo quer postura, projeto, presença. Não se engana mais com o sorriso fácil de quem, nos bastidores, só pensa em si mesmo.

E aqui fica o aviso para os próximos capítulos: ou se muda o perfil, ou se muda o ocupante. O tempo dos vereadores de má índole, que confundem política com esquema e mandato com escada pessoal, está acabando. Ainda bem. Porque Toledo merece mais que marionetes partidárias e atores de teatro político. Merece gente com vergonha na cara e compromisso com a cidade — e não com o próprio umbigo

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