Profissional, que tem data comemorativa neste dia 20 de janeiro, atua em diversas frentes, desde a seleção de medicamentos até altas hospitalares e treinamento de equipes
A presença do farmacêutico no ambiente hospitalar é prevista por lei, tamanha importância que o profissional tem na segurança dos processos e sucesso da medicação dos pacientes.
Se engana quem imagina que cabe ao farmacêutico apenas separar as doses de medicamentos que os médicos prescrevem. A responsabilidade já começa na escolha e aquisição de produtos de qualidade para compor o estoque da unidade hospitalar e se estende para a atuação em conjunto com outras áreas. “O farmacêutico trabalha junto com técnicos de farmácia, equipe de enfermagem, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais buscando garantir a segurança da cadeia medicamentosa”, explica a coordenadora farmacêutica do Policlínica Hospital de Cascavel, Juliana Beal Menegotto.
É o farmacêutico quem capacita tecnicamente os demais profissionais para realizar o manuseio correto de substâncias que serão administradas nos pacientes, bem como observar possíveis efeitos colaterais que os medicamentos podem causar. “É nossa responsabilidade o treinamento de toda a equipe que trabalha no almoxarifado e farmácia, atuar como consultor para a equipe de enfermagem, orientando sobre o preparo e administração de medicamentos. Além disso, participamos da avaliação das prescrições médicas, analisando as dosagens, interações medicamentosas e com alimentos, incompatibilidades medicamentosas, necessidade de ajustes de doses, se os medicamentos que já eram utilizados em casa permanecerão sendo utilizados no hospital, na tentativa de evitar que o paciente sofra algum dano relacionado ao uso de medicamentos”, afirma.
O farmacêutico pode atuar ainda na alta hospitalar, orientando os pacientes sobre a utilização dos medicamentos em domicílio, como os melhores horários e período de tratamento.
Ausência do profissional compromete a segurança
Diante de todas as funções desempenhadas pelo farmacêutico nas unidades hospitalares, a falta dele pode acarretar uma série de riscos ao fluxo hospitalar e à segurança dos pacientes. “A ausência do farmacêutico no hospital poderia trazer muitas falhas em processos como: aquisição e recebimento de materiais/medicamentos não qualificados, dispensação errada de medicamentos, administração de medicamentos incompatíveis entre si, diminuição de efeito de medicamentos por interação com outros ou com alimentos”, alerta.
Para atuar como farmacêutico no hospital, além da formação acadêmica, é recomendado que o farmacêutico faça residência ou especialização em farmácia hospitalar ou farmácia clínica, bem como cursos complementares relacionados a assuntos específicos da área que podem contribuir de forma expressiva nas atividades cotidianas do farmacêutico que, atuando com a equipe multiprofissional, contribui para a segurança do paciente.
Fonte: Assessoria