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Dia da Kombi: Como uma paixão reúne famílias e suas histórias

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Por Marcos Antonio Santos

Neste dia 2 de setembro, segunda-feira, é comemorado o Dia Nacional da Kombi, uma vez que, em 1957, saiu da linha de produção da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) a primeira unidade da van. Ou seja, se ainda estivesse em produção, a “Velha Senhora” estaria completando 67 anos em 2024. Isso no Brasil, claro, pois se considerarmos o modelo alemão, a contagem já estaria em 71 anos — ela “nasceu”, de fato, em 1950.

SESSÃO DE FOTOS – Marcos Alceu Felicetti, 48 anos, morador de Toledo, servidor público federal e professor na Universidade Federal da Fronteira Sul, em Laranjeiras do Sul, no curso de Engenharia de Alimentos, tem uma Kombi. Ele conta que essa paixão pelo carro começou durante uma sessão de fotos. “Quando minha esposa, Viviane, estava grávida da minha filha do meio, Isabela, isso em 2018, ela quis fazer algumas fotos de gestante e contratou uma fotógrafa. Sem saber, essa fotógrafa tinha, no dia em que estava fazendo as fotografias, uma Kombi, e acabamos fazendo algumas fotos com ela. Foi aí que surgiu a ideia, que aflorou em mim, de adquirir uma Kombi. Na época, em 2018, minha filha Rafaela, então com seis anos de idade (ela completará 12 anos em dezembro deste ano), se apaixonou pela Kombi por estar dentro de um veículo totalmente diferente dos carros que temos hoje. Os bancos bem próximos ao para-brisa, um veículo utilitário que serve tanto para os serviços do dia a dia quanto para passeios, é um veículo bastante grande. Eu já tinha em mente a ideia de adquirir uma Kombi”.

Marcos Felicetti lembra que comprou sua Kombi em 2016 por R$ 7,5 mil, e que o veículo passou por uma verdadeira remodelação: “Ela era totalmente branca e ficou cerca de sete meses na cidade de Laranjeiras do Sul passando por todo um processo de restauração. Primeiramente, passou por um processo de funilaria, no qual foram feitos muitos reparos; a parte de pintura também foi realizada. Depois, ela seguiu para uma segunda etapa na parte elétrica, onde foi feita toda a instalação elétrica, e, por fim, a terceira etapa foi na parte de tapetes e bancos. Ou seja, a Kombi que eu tenho hoje foi inteiramente restaurada. As cores são azuis, outra paixão que eu tenho, por ser torcedor do Grêmio de Porto Alegre, inclusive seu sócio diamante”.

Ele comenta que ele, a esposa e os três filhos – Mateus, Rafaela e Isabela – até fazem piqueniques com o carro, levando guloseimas, chimarrão e cadeiras.

Marcos faz parte de um grupo de amigos, com os quais fizeram um passeio batizado de Tour Costa Oeste. Foto: arquivo pessoal

Conforme Marcos, desde 2020 ele faz parte de um grupo de amigos, com os quais fizeram um passeio batizado de Tour Costa Oeste. Nesse passeio, saíram de Toledo com outras oito pessoas e passaram por Marechal Cândido do Rondon, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Santa Helena, percorrendo toda a costa e os lagos da região. “Fazíamos nossas paradas, conversávamos e, ao final da tarde, retornávamos. Outra peculiaridade é que o motorista da Kombi não era eu; embora eu seja o proprietário, o motorista era o Marco Sirino, presidente do Clube Yara. A Kombi tem nove lugares. Esse foi um passeio que ficou bastante marcante na história dessa Kombi”, recorda.

FELICIDADE DAS CRIANÇAS – “Quando eu digo que vamos fazer um passeio de Kombi, as crianças ficam todas animadas e já começam a se organizar com cadeiras, brinquedos e bolas, porque é um passeio que fazemos no fim de semana para aproveitar todo o espaço de lazer que a cidade oferece; nossos lagos são ambientes muito gostosos, familiares e seguros. Todo mundo tem uma história, uma experiência com a Kombi desde a infância, há 50, 60 anos, desde quando ela era utilizada para serviços utilitários. Então, a experiência de um pai ou avô que teve Kombi antigamente resgata essa lembrança saudosa, das experiências que tiveram ao longo dos anos e que, hoje, já adultos, podem repassar às crianças. Neste dia 2 de setembro, comemoramos o Dia Nacional da Kombi. Assim como o Fusca, ela também é uma paixão nacional, mas tem um perfil diferente por ser mais compacta. É um carro que chama muita atenção, especialmente das pessoas de meia-idade, seus 40, 50 anos, e das crianças, que sempre querem fazer fotos junto à Kombi e ficam realizadas ao estarem com suas famílias. Percebemos a felicidade e agradecemos às pessoas que fazem esses registros junto à Kombi”, conta Marcos Felicetti.

Ele faz parte do Toledo Automóvel Clube há cinco anos e já participou dos três Encontros de Veículos Antigos realizados em Toledo. Em 2025, o evento será nos dias 14 e 15 de junho.

Kombi, ano de 1986. Foto: arquivo pessoal

1986 – Leandro Amilton, que também faz parte do Toledo Automóvel Clube, tem uma Kombi há seis anos. “Essa Kombi eu comprei há uns seis anos, porque foi uma paixão; o primeiro carro que dirigi na minha vida foi uma Kombi que meu pai tinha, do ano de 1986. Ele me ensinou a dirigir nela, e nisso peguei amor pelo veículo. Faz tempo que estou com ela, e estamos arrumando-a, deixando quase do nosso jeito. É uma paixão que não tem preço, é um sonho realizado, na verdade”, afirma.

Fotos: arquivo pessoal

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