Por Marcos Antonio Santos
“Ele fez a cirurgia e já conseguimos pagar com o dinheiro da ‘vaquinha’. Foi uma bênção. Ele está em casa se recuperando, está bem. Agradecemos muito a todos”, relata Fabíola Raquel Bressan Rustick, mãe do jovem Nilmar Enrique Rustick, 13 anos de idade, que precisava de uma cirurgia do pulmão com urgência e não podia esperar pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A família Rustick, que mora em Serranópolis do Iguaçu (Extremo Oeste do Estado do Paraná, próximo a Medianeira) precisava de cerca de R$ 80 mil para pagar a cirurgia particular, por vídeo.
No dia 26 de janeiro, a Gazeta de Toledo publicou em suas redes sociais a história de Nilmar. Nesse dia a ‘vaquinha’ estava com valor de aproximadamente R$ 47 mil. “A reportagem da Gazeta de Toledo foi de extrema importância. Muito obrigada a todos que colaboraram”, agradece Fabíola.
HISTÓRIA DA VIDA – Em 2016, Nilmar, então com 6 anos, foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda (LLA). Ele tratou de 2016 a 2019 com quimioterapia diária. Depois as consultas foram apenas uma vez ao ano durante cinco anos. Se a doença não voltar a pessoa é considerada curada. Nilmar é acompanhado há 4 anos e 5 meses, então a previsão seria que em setembro deste ano ele deveria ser considerado curado da leucemia.
Tudo estava bem, porém o corante do tratamento do garoto teve várias interferências, e apareceu trombose de veias na cabeça; derrame; herpes; infecção nos ouvidos, que atingiu a medula; convulsões; quatro paradas cardíacas, a última ele ficou 20 minutos com o coração parado e teve infarto (Miocardiopatia Dilatada); aumento no volume do coração; e tinha 50% de chance de ficar com sequelas irreversíveis, mas o quadro se reverteu e Nilmar recebeu alta do cardiologista.
Durante o tratamento, ele começou a ter gripes e os médicos diziam que era por conta do tratamento e os pais acreditaram que fosse mesmo, que quando terminasse ficaria tudo bem, mas o tratamento terminou e as pneumonias ficaram constantes, até três por mês. Os pais levaram o filho em muitos médicos, entretanto apenas diziam que era gripe e davam antibióticos, até que levaram na maternidade de Medianeira. O doutor pediu uma tomografia dos pulmões, quando viu disse que Nilmar tinha uma doença chamada bronquiectasia, que causa a morte dos brônquios do pulmão e acúmulo exagerado de catarro que causam pneumonias constantes e toda vez que dá uma pneumonia morre um pedaço do pulmão dele, que não voltaria a se recuperar. Nilmar precisava retirar por cirurgia a metade de um pulmão, mas tinha que ser com urgência para que a doença não matasse o restante, porque estava se espalhando.
Nilmar foi operado no último dia 5 de fevereiro por vídeo. “Ele está bem. Vem se recuperando bem, tem um pouco de dor, mas é normal”, diz Fabíola Bressan Rustick.