O cenário político de Ouro Verde do Oeste parecia calmo e estável, mas nos bastidores, um turbilhão de acontecimentos estava prestes a mudar o rumo das coisas. Sob a sombra da tranquilidade aparente, o partido PTC, agora rebatizado como “AGIR”, enfrentava uma tempestade política que iria abalar as estruturas do poder local.
A controvérsia começou quando a chapa “Experiência, Trabalho e Compromisso com a Seriedade”, formada pelos partidos PP, DEM e PSD, decidiu questionar os resultados das eleições. Alegando descumprimento da cota de gênero, a chapa entrou com um pedido de cassação dos vereadores eleitos pelo PTC, agora AGIR.
O embate jurídico se desenrolou nos tribunais, com acusações de fraude e argumentos técnicos sendo trocados entre as partes. Na primeira instância, o juiz eleitoral proferiu uma sentença condenatória, apontando irregularidades nas candidaturas femininas que receberam votações inexpressivas, o que levantou suspeitas sobre a veracidade da representatividade de gênero na chapa.
Contudo, os acusados não se deram por vencidos e recorreram da decisão. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) revisou o caso e reverteu a sentença inicial, fundamentando sua decisão no princípio do “in dubio pro sufragio”, que prioriza a expressão do voto popular.
Porém, a batalha legal estava longe de terminar. Os advogados da Fonsatti, insatisfeitos, não desistiram e levaram o caso até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após uma análise minuciosa, o TSE reconheceu a prática de fraude à cota de gênero e tomou medidas drásticas: cassou os mandatos dos candidatos vinculados ao antigo PTC, agora AGIR, anulou os votos obtidos pelo partido na eleição proporcional e impôs a inelegibilidade de certos envolvidos.
Com essa reviravolta, os vereadores eleitos pelo AGIR perderam seus cargos, abrindo espaço para os suplentes assumirem temporariamente. Nomes como Nara Regina Alves Fusco e Mansueto Dal Pozzo foram chamados para ocupar as cadeiras deixadas vagas, enquanto os vereadores José Carlos Schuarb e Jonas Thiago Pasieka, não acusados de irregularidades, continuam aguardando os novos desdobramentos do caso que ainda cabe recursos. Os vereadores agora retirados da Câmara estão aptos a ir às urnas novamente.
A cidade de Ouro Verde do Oeste, outrora silenciosa, agora se vê envolvida em uma trama política digna de enredos cinematográficos. Os bastidores do poder revelavam segredos e disputas que desafiavam a estabilidade do sistema político local, deixando os cidadãos em suspense sobre o desfecho dessa história. Vamos aguardar os próximos capítulos, pois virão novas respostas para esse capitulo politico da cidade que outrora fora distrito de Toledo.