Por Marcos Antonio Santos
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta semana o boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche. De acordo com o novo documento, os números continuam a subir – desde o início do ano foram registrados 302 casos e uma morte no Paraná. Por ser altamente transmissível e prevenível, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter a vacinação contra a doença atualizada.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de coqueluche; em 2020, foram 26; em 2021, nove; em 2022, cinco casos; e no ano passado, 17.
A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Toledo, Thais Schmidt Vitali Hermes, alerta que essa doença atinge principalmente crianças pequenas, menores de um ano. “Principalmente crianças pequenas, menores de um ano. A vacinação está disponível em todas as unidades de saúde e faz parte do calendário básico de vacinação da criança. A criança recebe três doses ainda antes do primeiro ano de vida, com dois, quatro e seis meses. Depois, ela recebe dois reforços: um aos quinze meses e outro aos quatro anos. Os profissionais de saúde também são contemplados no calendário de vacinação, podendo receber uma dose da vacina da coqueluche a cada dez anos. As gestantes devem receber uma dose a partir da vigésima semana de gestação em todas as gestações, pois o imunizante atravessa a placenta e já imuniza o bebê recém-nascido, que está muito suscetível. Como a primeira dose será recebida somente aos dois meses de vida, a vacinação das gestantes é extremamente importante. Devido ao aumento do número de casos de coqueluche, a vacinação também foi ampliada para trabalhadores da educação que atuam diretamente com crianças de até quatro anos, como trabalhadores de berçários e CMEIs, que também podem procurar qualquer unidade de saúde para receber a vacina”.
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos.
COVID – No Brasil, um levantamento da Fiocruz mostra que os casos graves de Covid vêm crescendo, e a vacinação está abaixo do esperado. Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP dizem que o aumento ocorreu porque muitas pessoas ainda não completaram o esquema de vacinação contra a Covid e grande parte do grupo prioritário não tomou a vacina atualizada. Thais Schmidt afirma que os casos de Covid nunca deixaram de existir. “Claro que o número de casos diminuiu significativamente, mas há um aumento considerável no inverno, semelhante à influenza. Por isso, as ações de vacinação são intensificadas nesse período, devido às condições climáticas, que fazem com que a população fique em ambientes fechados, favorecendo a transmissão do vírus. A vacina contra a Covid está disponível em todas as unidades de saúde, com reforços a cada seis meses ou um ano para os grupos prioritários. Desde o dia 4 de setembro, foi disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde uma dose adicional para a população geral, que não estava prevista até o momento. Então, todos que já têm um intervalo de três meses após a última dose de qualquer imunizante contra a Covid também podem procurar uma unidade de saúde para se vacinar”.
54.943 – Entre 2020 e julho de 2024, Toledo registrou um total acumulado de 54.943 casos confirmados de Covid-19. No mesmo período, o número de óbitos chegou a 525 vítimas. Os casos tiveram picos significativos em meados de 2021 e início de 2022, acompanhando a tendência observada em muitas partes do Brasil. A vacinação ajudou a reduzir significativamente tanto o número de casos quanto o de mortes a partir de 2022, com os números se estabilizando em 2023 e 2024.
A primeira morte por Covid em Toledo ocorreu no dia 28 de abril de 2020. A vítima foi um homem de 60 anos, com comorbidades como hipertensão e diabetes, que estava internado na UTI do Hospital Bom Jesus desde o início de abril de 2020. Essa morte marcou o início de um período crítico para a cidade, que adotou medidas de saúde pública mais rigorosas para conter a disseminação do vírus.
A última morte por Covid em Toledo, registrada até agosto de 2024, ocorreu em julho de 2024. Os detalhes específicos sobre a identidade da pessoa ou as circunstâncias da morte não foram divulgados publicamente devido a políticas de privacidade e ética médica. A cidade, assim como outras partes do mundo, ainda enfrenta casos isolados e óbitos ocasionais, mesmo com a ampla cobertura vacinal.
VACINAÇÃO – A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta semana a prorrogação da campanha de vacinação nas escolas do Paraná. A ação, que também integra a Secretaria da Educação (Seed), deve se estender até o dia 16 de setembro ou até que a vacinação seja realizada em todas as escolas estaduais, garantindo que todos os alunos tenham a oportunidade de se imunizar. Desde o início da campanha, no dia 5 de agosto, a iniciativa já aplicou 167.983 doses de vacinas e avaliou 414.817 carteirinhas de vacinação.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Toledo, a vacinação segue nas UBSs, com busca ativa de todos com vacinas em atraso. Essas ações estão sendo continuamente reavaliadas, pois a vacinação nas escolas é transversal e deve se estender até o final do ano.