Foto: Gilson Abreu/AEN

Na primeira reunião do ano, o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (CMDAT) debateu com seus membros um dos principais assuntos do momento ligados à produção: gripe aviária.

O encontro, realizado esta semana no Sindicato Rural de Toledo (SRT), colocou em pauta a conscientização dos conselheiros em relação aos riscos da gripe aviária e o plano de contingência e caso de ocorrência. Segundo o presidente do Conselho, João Luis Raimundo Nogueira, os riscos são grandes e as consequências serão enfrentadas pelos diferentes elos da cadeia produtiva. “Nós sabemos que se a influenza chegar no País, as nossas exportações de carne de frango estarão comprometidas”, alerta. Os prejuízos são incalculáveis, considerando avicultores, indústrias, cooperativas, transportadores, entre outros que fazem acontecer diariamente a movimentação deste segmento pecuário.

A influenza aviária é uma realidade em países da América do Sul e principalmente vizinhos de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, região que concentra a produção de aves de corte no Brasil. “Por exemplo, um foco no Uruguai está a 140 quilômetros do país”, lembrou João Luís.

“O alerta que queremos intensificar é para que os produtores tenham mais cuidado com animais criados soltos, atenção a aves migratórias que apresentem sintomas no mínimo parecidos com a influenza aviária e seguir os protocolos de comunicar rapidamente a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária), município, Sindicato Rural, enfim, empresas integradoras e cooperativas. Todos estão associados a essa cruzada contra o vírus para que os cuidados sejam tomados imediatamente, pois não queremos que a gripe aviária chegue na avicultura comercial”, sublinha o presidente do Conselho do Agronegócio de Toledo.

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De acordo com Nota Técnica da Adapar, “a influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia”.

Confira outros detalhes da Nota Técnica que traz orientações aos produtores:

I. Não receber nas propriedades e, especialmente nas granjas, pessoas não vinculadas ao sistema produtivo, exceto o Serviço Veterinário Oficial do Estado (Adapar). A recomendação é redobrada para pessoas provenientes do exterior, estrangeiros ou brasileiros.

II. Sempre lave as mãos e troque roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

III. Desinfete todos os veículos que acessem a propriedade! Os veículos, sejam de passeio ou de transporte, podem ser vetores da doença.

IV. Se viajar para o exterior, ao voltar, lave todas as roupas e sapatos.

V. Evite o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres. Verifiquem as telas dos aviários. Devem estar íntegras e impedindo a entrada de outros animais dentro dos aviários.

VI. Evite contato com aves silvestres de qualquer origem.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SRT