A PM precisou intervir no episódio ocorrido em uma "boate" localizada na Barão do Rio Branco. Foto: Fernando Braga

O quebra-quebra e a pancadaria registrados no fim de semana reforçam a necessidade de providências, que há tempos são cobradas pelos moradores

Por Fernando Braga

Neste fim de semana, uma ocorrência policial chamou a atenção de moradores da Vila Industrial, que novamente foram incomodados por um episódio ocorrido em uma “casa de tolerância”, inconvenientemente instalada em área residencial.

Depois de muitas reclamações levadas às autoridades, por moradores e por comerciantes da vizinhança, a “boate” continua funcionando normalmente – e causando constrangimentos e aborrecimentos – na Rua Barão do Rio Branco.

Desta vez, equipes do 19º BPM precisaram interceder em um desentendimento que envolveu várias pessoas e resultou em pancadaria e quebra-quebra. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar por volta das 18h de sábado (20), quando suas equipes foram acionadas via 190.

Os militares chegaram ao local quando a briga já havia terminado, mas puderam constatar mobílias e vidros quebrados, bem como os ânimos exaltados dos envolvidos.

De acordo com relatos de moradores da vizinhança e de informações repassadas pela Polícia Militar, soubemos que três homens estavam juntos no local, consumindo bebidas alcóolicas desde às 16h. Na hora de acertar a conta, um deles, identificado como G. C., e uma das funcionárias da casa, que tem as iniciais J. M. P. T. e usava uma tornozeleira eletrônica, passaram a discutir. Em meio a contenda, G. C. ofereceu R$ 50 por um “programa” com a mulher, que teria se sentido “ofendida” e partido para cima do cliente, que revidou com socos e pontapés.

Enquanto ele desferia golpes contra a mulher, um quarto homem, que não estava junto com o grupo, acertou uma garrafada em G. C. e deixou o local. Apesar de ferido, ele permaneceu exaltado e quebrou vidros, garrafas, cadeiras e até a máquina utilizada para tocar músicas, conhecida como jukebox.

A mulher responsável pelo estabelecimento, identificada como J. S., contou aos militares, que as pessoas presentes na casa interviram para tentar conter a briga (ao todo, quatro mulheres estavam no local, além dos clientes). Os dois colegas de trabalho que bebiam junto G. C., se esforçaram para conte-lo, pois ele insistia em investir contra a funcionária. Contudo, o agressor foi dominado e quando a PM chegou, não havia mais briga.

O cliente e a funcionária que protagonizaram as cenas de violência ficaram machucados e foram atendidos pelo SAMU, sendo encaminhados para a UPA.

Apesar da confusão, das agressões e do prejuízo, ninguém quis fazer uma representação e, portanto, não houve queixa formalizada na delegacia. Os policiais militares fizeram o registro da ocorrência, que espera-se ser levado em conta pelas autoridades do Município para que reconsiderem a liberação de alvará para esse tipo de estabelecimento na área urbana, em meio a comércios e residências.

Os moradores, comerciantes e demais trabalhadores da região há muito pedem providências para que o estabelecimento seja fechado, mas até o momento não foram atendidos.