Encontro no Centro Municipal de Controle e Endemias teve apresentação de atividades e dados epidemiológicos em nível local e estadual. Foto: Carlos Rodrigues

Na sexta reunião deste ano, o Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo avaliou as ações realizadas pelo poder público local na prevenção e no tratamento destas doenças. O encontro foi realizado nessa terça-feira (18) no Centro Municipal de Controle e Endemias.

Dados referentes à evolução de casos e notificações (curvas de controle) nas últimas semanas e à quantidade de consultas nos prontos-atendimentos (UPA e PAM), foram apresentados aos integrantes do grupo de trabalho. Dados referentes à evolução de casos e notificações (curvas de controle) nas últimas semanas e à quantidade de consultas nos prontos-atendimentos (UPA e PAM), foram apresentados aos integrantes do grupo de trabalho. “Temos, no momento, uma situação estável. Os casos e quantidade de consultas motivadas pela dengue já chegaram ao seu ápice e a tendência atual é de declínio. Porém, não é momento de ‘baixar a guarda’; pelo contrário, a partir de agora vamos iniciar a preparação para os próximos meses, o que passa pela elaboração de um plano de contingência robusto e pela manutenção das reuniões do comitê. Quanto melhor o planejamento, mais prontos estaremos para enfrentar as adversidades”, analisa a secretária da Saúde e presidente do comitê, Gabriela Kucharski.

Logo após, a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Toledo, Juliana Beux Konno, falou a respeito das ações realizadas pela SMS desde a última reunião. Ao todo, foram 68, a maioria delas realizadas em instituições de ensino, sobretudo apresentações da peça teatral “Xô Mosquito”, encenada por um grupo de agentes de combate a endemias (ACEs). “Também estamos realizando um trabalho de conscientização nas empresas da construção civil. Em geral, elas nos procuram após serem notificadas em virtude de os colaboradores não dispensarem corretamente as marmitas que são servidas para eles. A partir desta conversa, logo se percebe uma melhora nesta questão”, relata.

Também foram apresentados dados referentes à vacinação contra a dengue. Até às 12h desta terça-feira (18), 1.496 pessoas com idade entre 10 e 14 anos (faixa etária para a qual o Ministério da Saúde recomenda a aplicação do imunizante) receberam, ao menos, uma dose – o que representa (16% ou 32%) de cobertura vacinal no público-alvo da campanha. “Este número poderia ser ainda maior, pois muitos pais acabam levando seus filhos às unidades de saúde e saem dali sem serem vacinados, pois tiveram a doença há menos de 6 meses. O fabricante recomenda que só após este prazo ocorra a aplicação”, explica a diretora.

Próximos passos – Juliana relatou que a Secretaria de Saúde está em diálogo com as secretarias do Meio Ambiente e da Infraestrutura Rural e Urbana e de Serviços Públicos para a realização de um ecoponto itinerante entre o fim de julho e o início de agosto. O local será definido a partir do resultado obtido no terceiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti de 2024, programado para ocorrer (caso não chova) entre os dias 24 e 28 deste mês. “É uma ferramenta importante que temos à disposição, pois nos permite olhar com mais atenção para os pontos mais críticos da nossa cidade”, comenta.

Também foram definidas mais questões relacionadas à continuidade dos trabalhos realizados pelo comitê, que completou dois anos de atividades no último dia 9. Entre elas, a nova composição do grupo de trabalho, descrita pelo Decreto nº 1.155/2024, que também estabelece mandatos de dois anos (prorrogável uma vez por igual período) para representantes de órgãos públicos, empresas e entidades que compõem o colegiado. Ficou estabelecido também que a divulgação dos boletins epidemiológicos da dengue sofrerão alteração na periodicidade, sendo que as próximas edições estão previstas para esta sexta-feira (21) e para a semana após 28 de julho, término do atual ano epidemiológico.

Por fim, chegou-se ao entendimento de que as reuniões voltam ser bimestrais – haviam se tornando mensais desde janeiro, quando houve um aumento inesperado no número de casos de dengue. O próximo encontro está marcado para o dia 20 de agosto (terça-feira), às 14h, no Centro Municipal de Controle e Endemias. “Para o novo ano epidemiológico que se aproxima, penso que devemos focar na preparação dos profissionais envolvidos no atendimento a pacientes com dengue, incluídos aí colaboradores de hospitais. Também é importante elaborar um plano de contingência ainda melhor do que temos feito e cujo conteúdo será compartilhado com os integrantes do comitê após ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde”, explica Juliana. 

Fonte: Decom/Pref. de Toledo