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Comitê de combate ao Aedes aegypti reúne-se com ACEs em Toledo

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O recém-criado Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo promoveu, na tarde desta terça-feira (9), no Centro Municipal de Controle de Endemias, o segundo encontro do grupo de trabalho. Com o novo ano epidemiológico vigente desde o dia 1º deste mês, o planejamento de ações para os próximos meses dominou a pauta, razão pela qual os agentes de combate a endemias foram convidados a participar deste debate. 

Na ocasião, foram apresentados dados do ano epidemiológico 2021/2022 e o balanço das ações de enfrentamento direto, como as educativas realizadas em escolas e Centros de Referência de Assistência Social (Cras), e o Ecoponto Itinerante, como o promovido no início de junho no Boa Esperança, quando foram recolhidas 55 toneladas de resíduos volumosos, 1.400 quilos de materiais recicláveis e 250 quilos de eletroeletrônicos. “Antes, nós pedíamos para as escolas se podíamos falar sobre dengue com os alunos. Agora, são estes estabelecimentos que nos procuram”, comenta a coordenadora do Controle e Combate às Endemias e secretária do comitê, Lilian Konig. “Nesses ecopontos tivemos parcerias importantes, como a Secretaria do Meio Ambiente, o Departamento de Vigilância Sanitária, a Guarda Municipal, a UTFPR [Universidade Tecnológica Federal do Paraná], o HGU [Hospital Geral Unimed] e o Colégio Estadual Dario Vellozo. Por onde o Ecoponto passou, houve uma melhora significativa no quadro epidemiológico, sobretudo nos lugares onde também foram entregues as sacolas de ráfia utilizadas para acondicionar os recicláveis da coleta seletiva. Onde este serviço funciona de forma mais efetiva, o combate ao Aedes aegypti é mais eficiente, o que fica demonstrado nas experiências que tivemos nos bairros Independência e Bandeirantes”, relata.

Entre 1º de agosto de 2021 e 31 de julho de 2022, Toledo registrou 4.397 casos de dengue (4.341 autóctones e 56 importados), que fez duas vítimas fatais. Considerando que 822 exames deram negativo e 12 estavam em análise, o quantitativo de notificações – isto é, de pacientes de Toledo que procuraram os serviços de saúde com sintomas de dengue – foi de 5.231 no período analisado. “No pico dos casos, o Lacen [Laboratório Central do Estado do Paraná] não conseguiu analisar todos os exames coletados e a Sesa [Secretaria de Estado da Saúde] orientou os municípios a fazer presunção de positivo a partir do diagnóstico clínico-epidemiológico, o que nos faz crer que este número tenha sido menor em Toledo e em várias cidades”, comenta o chefe da Divisão em Vigilância em Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini.

Foto: Carlos Rodrigues/Decom

Combate

A diretora de Vigilância em Saúde, Juliana Beux Konno, destaca que agora o momento é de trabalhar no planejamento e prevenção da dengue. “Em 2021, nesta mesma época, fizemos todas as ações de preparação e, embora tenha havido um grande número de casos, estas foram importantes para termos aqui uma situação menos grave que a registrada em municípios da nossa região”, pontua. “Neste sentido, vamos avançar com a agilização do processo de notificações nas unidades de saúde à Central de Endemias sobre as notificações de pacientes com sintomas suspeitos de dengue para que o bloqueio realizado pelos agentes se dê no menor tempo possível. É um processo gradativo, que será iniciado em breve por duas unidades-piloto, mas queremos que chegue em breve a todos UBS [Unidade Básica de Saúde], USF [Unidade Saúde da Família] e PAs [prontos-atendimentos] do município”, salienta.

Foi informado durante o encontro que o próximo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa), o terceiro deste ano, será realizado em 29 de agosto. “É natural que agora haja uma diminuição drástica no número de casos, tanto que vamos suspender os boletins semanais até que essa informação volte a ser relevante para a população. Contudo, é preciso que todos mantenham os cuidados de sempre. Os agentes de endemias vão manter o ritmo de visitas a residências e empresas do nosso município, pois o ovo do Aedes aegypti resiste até seis meses a baixas temperaturas e agora temos que lidar com outra ameaça à saúde pública, que é o escorpião-amarelo”, observado a diretora.

Felipe recomenda que os municípios estejam a postos para conter a dengue assim que os primeiros casos aparecerem. “Não vemos durante o inverno o Aedes na forma alada. Como o mosquito não tem necessariamente o vírus que causa dengue e outras doenças, o foco tem que ser o paciente, promovendo o bloqueio no entorno da residência dele. Quanto mais rápida esta abordagem, menor será a disseminação da doença”, orienta. “Neste contexto, os ACEs devem ser agentes e promotores de saúde. Da nossa parte, a Regional está articulando para promover uma capacitação para agentes de endemias dos municípios da nossa área de abrangência”, anuncia.

Foto: Carlos Rodrigues/Decom

Porta fechada

Após a apresentação dos dados, a palavra foi aberta aos agentes de combate de endemias, que sugeriram melhorias e relataram os principais desafios que enfrentam diariamente. O maior deles diz respeito à ausência e à recusa direta ou indireta de moradores ao trabalho destes profissionais, que não conseguem adentrar nos imóveis e eliminar criadouros do Aedes aegypti. “Esta postura de alguns moradores atrapalha um serviço que, por si só, já é bastante complexo, pois temos 70 ACEs para 75 mil imóveis. A Secretaria de Recursos Humanos está providenciando a contratação de mais agentes para ampliar o nosso quadro, mas penso, num primeiro, a solução possível para diminuir essa negativa dos moradores é estreitar os laços com os ACS [agentes comunitários de saúde], que conhecem mais de perto a realidade dos moradores de seu território”, propõe Juliana.

As próximas reuniões do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo estão marcadas para 11 de outubro e 13 de dezembro. “Este grupo de trabalho conta com representantes do poder público e da sociedade civil organizada para que o combate ao Aedes aegypti tenha um caráter intersetorial e permanente. Por isso, devemos ser constantes em nossas ações para que o esforço de agora não se perca em alguma desatenção que possa ocorrer lá na frente”, salienta a diretora de Vigilância em Saúde de Toledo.

Fonte: Decom/Pref. de Toledo

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