Da Redação
Na manhã desta quinta-feira, 6 de novembro, foi realizada uma reunião na sala de reuniões do Gabinete do Prefeito de Toledo para discutir a situação financeira e operacional do Hospital Regional de Toledo (HRT). O encontro reuniu representantes do Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), da Regional de Saúde, do Conselho de Saúde, da administração municipal e do Ministério Público.
A reunião foi convocada em resposta a denúncias formais e problemas na gestão do hospital, como a interrupção de atendimentos especializados, dificuldades com fornecedores e atrasos nos pagamentos de colaboradores, gerando incerteza quanto ao futuro da unidade.
Durante o encontro, a administração do IDEAS reconheceu a gravidade da situação e afirmou que, apesar de inovador, o modelo de custeio do hospital “não se sustenta da forma como está”. Segundo a gestão, o modelo viável para a terceirização dos serviços seria o de gestão completa, no qual a terceirizada arcaria com todas as despesas, que seriam integralmente pagas pelo ente público ao final de cada mês. Entretanto, alertaram que, nesse modelo, o custo mensal para o município seria substancialmente maior, tornando-o inviável.
O IDEAS também apresentou números preocupantes, apontando um déficit mensal progressivo estimado em cerca de R$ 1 milhão, agravado pela não concretização de uma promessa do Governo do Estado de cofinanciar a estrutura com R$ 1,5 milhão mensais. A organização reforçou que este apoio é essencial para que o hospital alcance equilíbrio econômico e mantenha plenamente sua função regional.
Sobre os próximos passos, o Ministério Público, representado pelo promotor José Roberto Moreira, declarou: “Vamos formalizar uma consulta ao Governo do Estado e à Secretaria Estadual de Saúde para obter um posicionamento claro sobre o aporte de R$ 1,5 milhão ao mês, se será ou não concedido.”
Além disso, o promotor destacou a necessidade de ações imediatas: “Solicitamos ao IDEAS que faça um esforço emergencial para regularizar os pagamentos e o fornecimento de materiais, garantindo que os serviços do HRT não sejam reduzidos e continuem atendendo a população.”
Caso o Estado não confirme o cofinanciamento, todas as partes concordaram que será necessário reavaliar o modelo de gestão, e uma nova reunião será agendada para discutir alternativas. Enquanto isso, José Roberto Moreira enfatizou: “O Município de Toledo deve aprofundar a análise da gestão, das contas e da contabilidade do IDEAS, para entendermos a causa do alegado déficit e encontrarmos uma solução sustentável para o Hospital Regional.”
O Ministério Público ainda ressaltou a importância de manter o HRT em funcionamento, atendendo a população da macrorregião, compromisso que, segundo a administração do IDEAS, será cumprido.





