Sofia Madeira, Duda Arakaki, Victoria Borges, Nicole Pircio e Giovanna Silva. Foto: CBG

Por Fernando Braga

Acumulando conquistas históricas, a Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica emplacou mais uma vitória inédita ao faturar a medalha de ouro na etapa de Portimão (Portugal) da Copa do Mundo. E novamente, a ginasta Giovanna Silva, de Toledo, participou da conquista.

Neste domingo (7), o conjunto formado por Giovanna Silva, Duda Arakaki, Nicole Pircio, Victória Borges e Sofia Madeira, além de Julia Kurunczi como reserva, arrebatou o público com uma apresentação irretocável que recebeu nota 34.600, superando potências na modalidade, como a Espanha (34.450) que ficou com a prata, e a Itália (33.800) com o bronze.

Três das ginastas que fazem parte da seleção brasileira de conjunto, que treina em Aracaju (Sergipe), são do Paraná. Giovanna é de Toledo, onde se estabeleceu em 2012, quando tinha 13 anos. Sua família se mudou para a cidade com o objetivo definido de adquirir o aperfeiçoamento que a colocaria entre as melhores ginastas do Brasil. Nicole e Julia são naturais de Londrina. Desde o começo do ano, a equipe vem participando de uma série de etapas da Copa do Mundo para se prepararem para o Campeonato Pan Americano, que acontece em junho no México e para o Campeonato Mundial, que acontece em agosto, na Espanha.

“As chamadas Copas do Mundo são muito importantes porque são as competições termômetros dos campeonatos mundiais. Elas estiveram na Grécia no começo de março, onde conquistaram uma medalha de bronze, foram finalistas na Copa do Mundo de Sófia, na Bulgária, então é um grupo de ginastas paranaenses muito talentosas que representa a seleção brasileira”, afirma Márcia Versani, presidente da Federação Paranaense de Ginástica.

“Portimão foi excelente porque tivemos o conjunto classificado para a final de cinco arcos, e elas competiram muito bem e foram campeãs. Pela primeira vez o Brasil ganhou uma medalha de ouro numa etapa da Copa do Mundo, então esse resultado é muito significativo”, complementa.

Dificuldades

O percurso até a consagração não é fácil em nenhum esporte, e obstáculos fazem parte da trajetória da equipe, conforme o relato de Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira de Ginástica.

“Estamos muito felizes, por toda a trajetória nesta competição. Não competimos bem no geral, o que abalou o grupo, porque treinamos muito, e mesmo assim apresentamos falhas em demasia. Ontem [sábado], ficamos até 1h da manhã conversando. Disse às atletas que a final do conjunto simples era a nossa última chance. Era como um leão caçando na savana. Ou abatíamos uma presa ou morreríamos de fome. Felizmente, elas conseguiram fazer uma apresentação sem erros visíveis. A gente sabe que, se não falharmos, vamos ao pódio. Hoje [domingo], no caso, além disso, ainda conseguimos o ouro, o que não esperávamos, porque foi a vez de a Itália errar. Certamente, esse resultado vai fortalecer a confiança de todas, para nos mantermos firmes nessa caminhada”, disse Camila Ferezin.

Camila explicou as dificuldades enfrentadas pelo conjunto. “A Sofia Madeira não está 100% e tem treinado só em um período. Para poupá-la, nós a colocamos só na série de cinco arcos. Na outra série, utilizamos a Julia, e é normal ter problemas de sintonia e de execução com uma ginasta nova. Hoje [domingo], elas acertaram tudo. Quando apresentamos a coreografia toda limpa, somos uma equipe muito competitiva”.

Confira um trecho da apresentação da Seleção Brasileira neste domingo, que trouxe o ouro inédito para o país: