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Com fé, bolo e muita luta, Dona Maria mantém viva a festa das crianças em Toledo

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Foto: arquivo pessoal

Por Marcos Antonio Santos

Moradora do Jardim Coopagro realiza há 20 anos uma ação solidária no Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida

No dia 12 de outubro (domingo), data em que se celebra o Dia das Crianças e Nossa Senhora Aparecida em todo o Brasil, uma ação que já se tornou tradição em Toledo ganha vida mais uma vez. Moradora do Jardim Coopagro, Maria José Jesus dos Anjos realiza há cerca de 20 anos uma ação social que mobiliza a comunidade — e neste ano não será diferente.

BOLO GARANTIDO – Dona Maria teve um pequeno contratempo: o forno do seu fogão estragou, o que quase impossibilitou a preparação do tradicional e delicioso bolo — a grande alegria da criançada.

“A gente tinha um outro forno lá no sítio. Daí, como o nosso quebrou — caiu e quebrou o vidro da porta —, tiramos a porta daquele e colocamos no que estava com defeito. Sem o vidro, não dava para fazer os bolos. Mas conseguimos resolver, sim. Está tudo tranquilo agora. Já foram feitas sete massas de bolo, e hoje à noite (esta sexta-feira, 10), ou amanhã (este sábado, 11), vamos termina de fazer o que falta. Está tudo certo: já temos balas, pirulitos, refrigerantes… Estava faltando um pouco de refrigerante, mas um rapaz ajudou a gente. Nunca pedimos dinheiro, porque achamos feio, sabe. Mas ele, o Adenilson Venturini — que é conhecido nosso — mandou um valor para gente comprar o refrigerante. Foi de coração. Até domingo ainda devem chegar mais doações. Sempre tem gente que ajuda no próprio dia. Então, a gente vai conseguir fazer a festa, sim. A Marisa, da Casa da Amizade, também está ajudando este ano. Está todo mundo colaborando, então vai dar tudo certo, se Deus quiser. Só espero que não chova. Porque se chover, a gente vai ter que colocar todo mundo dentro de casa, e não vai caber. Mas pelo menos um pouco cabe. Vamos ver. A gente nunca sabe o dia de amanhã, mas, se Deus quiser, vai dar tudo certo, sim”, aguarda dona Maria.

Dona Maria ao lado do DJ. Foto: arquivo pessoal

INDIGNAÇÃO – Ela somente está indignada com a burocracia da Guarda Municipal para conseguir cavaletes para fechar a rua em sua festa anual. Apesar de seguir todos os protocolos e sempre ter precisado dos cavaletes, enfrentou dificuldades, como ter que esperar por várias aprovações.

“Faz 20 anos que a gente realiza essa festa, e sempre precisa dos cavaletes. Teve uma vez que queriam cobrar R$ 18 por cada um. Não tinha como pagar. Mas aí conversaram com alguém lá dentro e liberaram. Todo ano é a mesma coisa… Sempre corro atrás dos cavaletes. Agora vem esse negócio de ‘tem que analisar’, ‘tem que falar com fulano’… Como eu disse: eu vou fazer a festa, nem que seja sem fechar a rua. Tá tudo pronto, eu não vou desistir agora. Não sou de desistir fácil. Eu acho que eles tinham que ter um pouco mais de consideração. Todo ano eu levo um ofício na Polícia Militar, avisando que a rua vai ser fechada, com horário certinho, tudo certo. Porque se alguém reclamar e ligar pra polícia, eles já sabem — está tudo comunicado. Na PM, sempre fui bem atendida, com respeito. Todo mundo já me conhece por lá. Mas dessa vez, com a Guarda, foi difícil. Eu fiquei esperando, esperando… E hoje, sexta-feira, último dia antes da festa, consegui resolver. O Márcio, o DJ grandão, foi quem buscou os cavaletes para mim. E, na segunda-feira, ele mesmo vai devolver. Como eu não tenho carro, tentei encontrar alguém para buscar, até oferecendo pagar o frete, mas não consegui — todo mundo trabalha. Então fiquei indignada mesmo com a Guarda hoje. De verdade. Quase me deu um infarto do coração aqui”, revela dona Maria José.

Foto: arquivo pessoal

– Por ter alcançado uma graça atribuída a Nossa Senhora Aparecida, dona Maria dedica o dia da padroeira do Brasil a celebrações que acontecem em sua própria residência. Todos os anos, o dia 12 de outubro é marcado por alegria: há festa para as crianças do bairro, com distribuição de bolos e brinquedos.

Ela conta que viveu três anos de sofrimento e dor, período em que fez preces a Deus e a Nossa Senhora Aparecida. “Da noite para o dia, fui curada do problema que tinha nos olhos. Fiz uma promessa: se fosse curada, organizaria uma festa no dia 12 para as crianças carentes”.

Mais informações sobre como fazer a doação podem ser obtidas pelo telefone da dona Maria: (45) 9-9838-9247.

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