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Com casos e mortes por dengue aumentando em Toledo, Setor de Endemias diminui ações  

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Por Marcos antonio Santos

A Secretaria de Saúde de Toledo confirmou mais seis mortes causados pela dengue. De acordo com o boletim semanal divulgado na sexta-feira, 26, o município soma 19 vítimas fatais causadas pela doença desde 1º de agosto de 2023, início do atual ano epidemiológico. Até o momento é um infeliz recorde para Toledo, nunca o município havia registrado tantas mortes da doença.

No ano epidemiológico 22/23 foi confirmada uma morte por dengue. Ainda estamos no final de abril e o ano epidemiológico fechará dia 31 de julho.  O boletim aponta também que, na última semana foram registrados mais 358 novos casos da doença. Dessa forma, o total passa de 3.893 para 4.251 confirmações (4.243 autóctones e 8 importados) no atual ano epidemiológico.  O recorde de casos em Toledo foi registrado entre 2019/2020 com 4.779 casos.

PREOCUPANTE – Segundo uma fonte consultada pela Gazeta de Toledo, o atual cenário da dengue em Toledo é muito preocupante, e que o Setor de Combate às Endemias está abandonado, que é preciso agir com sabedoria. “O Setor está uma vergonha. A diretora é despreparada”. O Setor de Combate às Endemias passou por mudança na coordenação no mês de março e em 16 de fevereiro, o município declarou epidemia de dengue.

De acordo com essa fonte, todas as ações que estavam sendo realizadas em Toledo para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti estão paralisadas.  E disse que não tem mais bloqueios, que parece tudo normal, e que a equipe também está insatisfeita com a coordenação de todo o setor. “ Os ACEs (agentes de controle de endemias) estão desmotivados. Não sei onde isso vai parar”.

A fonte disse ainda que o triste é que todos os projetos realizados no setor foram abandonados: o trabalho com acumuladores; os Ecopontos Itinerantes; as parcerias com os setores da educação; universidades, empresas, Rotary. “Nada mais existe. Nem os trabalhos de recuperação aos sábados. Tudo parado, somente as visitas normais. Não tem efetividade. Me preocupa os próximos anos.  A dengue tem que ter prevenção o ano todo. Acredito que vai haver, infelizmente, mais mortes ainda”.

24 de fevereiro caminhada pela Rua Barão do Rio Branco. Foto: Ricardo Morante/Decom/Pref. de Toledo

AÇÕES – Os últimos Ecopontos Itinerantes foram realizados no dia 17 de fevereiro, nos bairros Jardim Bressan e Cézar Park, e recolheu 100 toneladas de resíduos volumosos e inservíveis, além de 5 mil quilos de materiais recicláveis.

No dia 24 de fevereiro, servidores municipais, integrantes de entidades e clubes de serviços, estudantes e demais pessoas participaram de uma caminhada pela Rua Barão do Rio Branco, desde o Terminal Rodoviário Alcido Leonardi, passando pelas ruas da região central e encerrando a atividade na Praça Willy Barth.

No dia 4 de abril, aconteceu uma ação efetiva, quando uma força tarefa envolvendo diversos setores da Prefeitura e também a Guarda Municipal e a Polícia Militar adentraram imóveis desabitados, fechados ou não era permitida a entrada dos agentes de combate às endemias. Foram fiscalizados oito locais, sendo que em dois foram encontrados criadouros do mosquito.

19 mortes por dengue em Toledo, as últimas:

• 14º óbito – Paciente do sexo masculino, 56 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 13/03/2024, sendo atendido e internado na rede hospitalar, evoluindo a óbito em 19/03/2024;

• 15º óbito – Paciente do sexo masculino, 85 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 12/03/2024, atendimento clínico e internamento em 15/03/2024, transferência para leito hospitalar em 20/03/2024 e falecimento em 25/03/2024;

• 16º óbito – Paciente do sexo masculino, 66 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 26/03/2024, atendimento clínico em 27/03/2024 e, após encaminhamento para leito hospitalar, falecimento registrado em 02/04/2024;

• 17º óbito – Paciente do sexo masculino, 44 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 22/03/2024, atendimento clínico em 25/03/2024, transferência para leito hospitalar em 28/03/2023 e falecimento em 04/04/2024;

• 18º óbito – Paciente do sexo feminino, 67 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 17/03/2024, sendo atendida e internada em serviço hospiltar, e falecimento registrado em 05/04/2024;

• 19º óbito – Paciente do sexo feminino, 97 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 04/04/2024, sendo acompanhada desde então por serviço de atenção domiciliar, vindo a falecer em 09/04/2024.

Dos 19 óbitos registrados, nove são de pessoas do sexo masculino e dez do feminino. Deste total, 18 envolveram pacientes com comorbidades e a idade média dos falecidos é de 74,3 anos.

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