Por Marcos Antonio Santos
Quebra na regional de Toledo está em torno de 13% ocasionada pela seca
A região de Toledo, tem enfrentado uma significativa estiagem que tem impactado negativamente a produção de soja. A falta de chuvas nos últimos meses prejudicou o desenvolvimento das lavouras, causando uma queda na produtividade da cultura. A seca comprometeu a germinação das sementes e o crescimento das plantas, além de afetar diretamente a qualidade dos grãos. Com a diminuição da produção, os agricultores da região enfrentam dificuldades econômicas, pois a soja é uma das principais fontes de receita para a economia local. Esse cenário de estiagem, aliado à escassez de água e ao aumento das temperaturas, está desafiando a sustentabilidade da produção agrícola na região, gerando incertezas sobre a recuperação das lavouras nos próximos ciclos.
A estiagem que ocorreu em meados de dezembro e janeiro prejudicou a produção de soja, o principal produto agrícola do Paraná. A falta de chuva aliada a baixa umidade do ar nesse período adiantou a colheita do grão e refletiu na produção.
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), na Regional de Toledo, no relatório de dezembro de 2024 a projeção da safra 2024/2025 era de 1.800.197 toneladas de soja. No levantamento de janeiro de 2025, há uma alteração para 1.599.621, uma queda de 13% em relação ao esperado.
A engenheira agrônoma do Deral/Seab de Toledo, Jean Marie Aparecida Ferrarini, diz que a coleta está bem mais adiantada na regional Toledo em comparação com outras regiões do Paraná. E ela menciona que a safra de soja no estado do Paraná, baixou a previsão de 22 milhões para 21 milhões de toneladas.
“A safra de soja no estado do Paraná teve a previsão reduzida de 22 milhões para 21 milhões de toneladas. A região que realmente está enfrentando perdas devido à seca é a de Toledo. Da previsão inicial de 1.800.000 toneladas, caiu para 1.600.000 toneladas. No entanto, isso não é tão representativo a nível de estado, pois são as regionais de Toledo e Umuarama que estão registrando quebras por causa da seca. O restante do estado teve chuvas mais favoráveis e, embora a previsão tenha sido reduzida de 22 para 21 milhões de toneladas, a quebra no estado não é tão significativa. Porém, a quebra na regional de Toledo é expressiva, com uma perda de cerca de 13%, devido à seca. Nossa colheita também está bem mais adiantada na regional de Toledo. Enquanto nós estamos praticamente terminando a colheita da safra de soja, o restante do estado tem 25% da produção colhida. Portanto, é possível que, no relatório mensal de fevereiro, apareçam mais quebras em outras regionais, pois a colheita dessas áreas começou agora, mas a previsão para o restante do estado é boa”, ressalta Jean Marie.
MILHO SAFRINHA – E as pancadas de chuva de verão que ocorreram nas últimas semanas favorece o início do plantio do milho segunda safra. Para a Regional de Toledo, a área destinada a essa cultura é de 462.000 hectares. Cerca de 50% desta área já foi semeada. Há uma projeção de 3.164.700 tonelada para milho safrinha em uma condição normal de clima.