O Circo da Magia, que funciona junto a escola municipal Waldyr Becker, no Jardim Cooparo, foi reconhecido com o prêmio destaque na XIX Mostra de Circo Social e XII Festival Nacional de Circo, que encerrou na sexta-feira, 12, em Toledo. Com o tema recomeço, o grupo inovou e trouxe para o palco a beleza, a alegria e muita criatividade, destacando-se entre os demais participantes, segundo avaliou a comissão julgadora, formada por Alex Machado, Aires Coutinho e Vanuza Eloíza.
Foram premiados ainda como melhor figurino, a Escola Duda, de Planalto, e como melhor espetáculo, o grupo Gralha Azul, de São João, com melhor espetáculo. Os nomes dos vencedores foram revelados na programação do último dia do evento, no Parque Ecológico Diva Paim Barth. A agenda contou com o espetáculo Bravata Volante, da Cia Bravata, de São Paulo, apresentações artísticas e musicais e uma competição de pirofagia, com diversos números com fogo.
Conforme Vanuza, o objetivo da comissão julgadora não era apontar erros e acertos, mas fazer uma avaliação que sirva de motivação aos instrutores, para que consigam crescer e melhorar a partir da realidade de cada um, atingir a comunidade e formar pessoas, crianças e adolescente melhores para a vida. A gente percebe um amadurecimento a cada ano, especialmente no cuidado e atenção com as crianças em relação à segurança e a preocupação de dar um repertório técnico aos alunos, mas principalmente contribuir na sua formação como pessoas.

Entre os grupos, era visível alguns com maior apoio financeiro, o que lhes permite investir mais em figurinos, adereços e cenários, refletindo-se num espetáculo mais elaborado, enquanto outros mantiveram o nível das edições anteriores, tanto na parte técnica como artística. No entanto o empenho, o envolvimento e os resultados positivos aparecem no rosto de todas as crianças, felizes por poder participar deste momento. “É um momento único para elas, que levam para a vida toda”, afirma Vanuza.
Na conversa que a comissão teve com os instrutores, logo após as apresentações, foi unânime as dificuldades em relação a manutenção dos projetos sociais e a necessidade de um diálogo mais assertivo com as gestões públicas. Nem todas reconhecem o potencial transformador do circo e a necessidade de investimentos em recursos técnicos e capacitação permanente dos instrutores. Os jurados destacaram ainda a importância de fortalecer os grupos já existentes e promover a criação de novos projetos em outros municípios, pelos resultados sociais positivos.
Segundo eles, a arte circense é uma ferramenta poderosa de promoção social, de valorização, de desenvolvimento físico e emocional das crianças e adolescentes, estimulando-os a sonhar, a enfrentar desafios, a promover uma mudança de vida. Eles passam a perceber que existe algo mais do que o mundo em que vivem e que eles podem sonhar com novas possibilidades e realiza-las com disciplina, esforço e determinação.
Fonte: assessoria