No dia 18 de dezembro, quarta-feira, às 19h, o Teatro Municipal de Toledo sediará a sessão solene de outorga de honrarias. O evento reconhece pessoas que realizaram ações de impacto social e econômico para o município. Serão concedidos os títulos de Cidadania Honorária, a Medalha Willy Barth e a Medalha Diva Paim Barth, homenageando anualmente dois cidadãos por categoria.
Cidadania Honorária
Luciana Lopes do Amaral Beal
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Natural de Curitiba, Luciana Beal construiu uma carreira de destaque no judiciário paranaense. Graduada em Direito pela PUC Curitiba, foi juíza em Toledo, Guaraniaçu e Palotina, assumindo posteriormente a 2ª Vara Criminal em Toledo. Atuou como Juíza Diretora do Fórum, Juíza Eleitoral e professora na Escola da Magistratura de Cascavel. Atualmente, é responsável pela Vara de Família e Sucessões da Comarca de Toledo.
Neri Antônio Sebastiany
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Nascido em São Carlos (SC), Neri mudou-se para Novo Sarandi em 1965. Professor por 38 anos na Escola Municipal Orlando Luiz Basei e 49 anos no Colégio Estadual Campo Novo Sarandi, também foi regente da Fanfarra de Novo Sarandi por 53 anos. Sua dedicação à educação e à cultura deixa um legado marcante na comunidade.
Medalha Willy Barth
Wolmir Tadeu Ficagna
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Primeiro homem nascido em Toledo, Wolmir fundou a Ficagna Contabilidade, que há mais de 50 anos atende à região. Foi delegado do CRC/PR, presidente da ACIT e da Caciopar, além de atuar como diretor financeiro da EMDUR e presidente do MDB local. Seu trabalho impactou o setor contábil e empresarial do município.
Vicente Paulo Mariano
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Natural de Cambé (PR), Vicente é pastor presidente da Assembleia de Deus em Toledo desde 2021. Com bacharelado em Teologia e pós-graduação em Psicologia Pastoral, liderou igrejas em Londrina, Altônia e Marechal Cândido Rondon antes de assumir seu atual cargo. Atua também na CIEADEP, ocupando a posição de 2º vice-presidente.
Medalha Diva Paim Barth
Cecília Angeli
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Nascida em 1934 em Concórdia (SC), Cecília chegou a Toledo em 1952 com o marido, Armando Angeli, e sua família. Pioneira na colonização de Nova Videira, contribuiu para o desenvolvimento local enquanto criava seus nove filhos, consolidando sua história de resiliência e progresso.
Carmen Maria Donaduzzi
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Graduada em Farmácia e Bioquímica pela UEM, Carmen é cofundadora da Prati-Donaduzzi, uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil. Com mestrado e doutorado em Biotecnologia na França, dedica-se à pesquisa de medicamentos e inovação na área farmacêutica, destacando-se por sua atuação em regulamentação e desenvolvimento de novos produtos.
Um “salve” aqueles que se doam e recebem honrarias
Há um brilho peculiar no ato de doar-se. Ele não vem de refletores nem de troféus cintilantes, mas do efeito silencioso e poderoso que as ações de um indivíduo têm sobre o coletivo. E, em momentos como o da outorga de honrarias em Toledo, este brilho ganha palco, ecoando a mensagem de que, apesar da correria do cotidiano, ainda há quem observe, valorize e celebre os que transformam vidas.
Os nomes gravados nas placas e medalhas representam mais do que indivíduos. São histórias que se entrelaçam ao tecido social, bordando capítulos de impacto e progresso. A cada nome chamado, uma trajetória é revisitada: o professor que por décadas regia não só uma fanfarra, mas também sonhos; a farmacêutica que, ao moldar medicamentos, molda também esperança; o pastor que guia almas com palavras e ações. Essas vidas, tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão interligadas por suas contribuições, tornam-se espelhos de inspiração para todos nós.
Luciana Beal, por exemplo, não é apenas uma jurista de renome. Ela é a ponte que conecta justiça à comunidade, equilibrando o rigor da lei com a humanidade de quem a aplica. Já Neri Sebastiany, professor e regente, desenhou em suas décadas de ensino uma melodia que ecoará por gerações, uma sinfonia de conhecimento e valores.
E há mais. O primeiro nascido em Toledo, Wolmir Ficagna, construiu algo além de uma carreira contábil; construiu bases para um ecossistema empresarial mais forte e coeso. Carmen Donaduzzi não apenas produziu e produz medicamentos, mas também nos lembrou que inovação e propósito podem caminhar juntos, como uma cura que não se limita ao físico, mas alcança o social.
Reconhecer essas pessoas é, ao mesmo tempo, reconhecer nossas próprias possibilidades. Talvez, no meio de nossa jornada, faltem-nos medalhas ou cerimônias, mas cada gesto nosso – ao ensinar, acolher, criar ou liderar – carrega o mesmo potencial transformador. O que distingue os homenageados, então, não é o ato em si, mas a constância, o compromisso e a coragem de se dedicar por inteiro, mesmo quando os resultados demoram a aparecer.
No fim, esses títulos e medalhas são mais que honrarias. São lembretes vivos de que, em meio às dificuldades e à pressa do mundo, há aqueles que decidem doar tempo, talento e amor. Eles nos mostram que, em cada pequeno ato, pode nascer uma grande história. E que, quando o reconhecimento vem, ele é apenas a cereja do bolo – o verdadeiro presente está em saber que sua doação deixou o mundo um pouco melhor.
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