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Cesta básica em Toledo registra leve alta de 0,64% em março

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Por Marcos Antonio Santos

Nos últimos 12 meses, o café teve um aumento acumulado de 97,55%

O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e em Economia (PGE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, apresenta a pesquisa sobre a cesta básica de alimentos do município de Toledo, referente ao mês de março de 2025.

Com base na variação percentual mensal da cesta básica de alimentos em Toledo, no índice acumulado dos últimos 12 meses e no índice acumulado do ano corrente (2025), identificou-se que, entre fevereiro e março de 2025, houve um aumento de 0,64% no custo da cesta.

A professora do curso de Economia da Unioeste e coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), Crislaine Colla, comenta esse aumento de 0,64%, mas ressalta que houve uma desaceleração em relação ao mês de fevereiro, quando a alta foi de quase 5%.

“Nós também observamos que o índice acumulado da variação da cesta básica nos últimos 12 meses, ou seja, no último ano, foi de 7,36%. Em abril de 2024, a cesta básica custava R$ 616,29, e em março de 2025 passou a custar R$ 661,65. Em fevereiro deste ano, o valor era de R$ 657,44, e subiu para R$ 661,65 em março. Também calculamos o custo da cesta básica familiar, voltada a uma família com quatro pessoas (dois adultos e duas crianças). Em fevereiro, essa cesta custava R$ 1.972,33 e, em março, passou para R$ 1.984,94”, detalha.

PeríodoVariação Mensal (%)Índice Acumulado (Últimos 12 meses) (%)Índice Acumulado (Variação no Ano) (%)
Março/2024 – Abril/2024-2,247,36
Abril/2024 – Maio/2024-1,02
Maio/2024 – Junho/20246,99
Junho/2024 – Julho/2024-5,80
Julho/2024 – Agosto/2024-4,21
Agosto/2024 – Setembro/20244,46
Setembro/2024 – Outubro/20244,55
Outubro/2024 – Novembro/2024-0,09
Novembro/2024 – Dezembro/2024-1,05
Dezembro/2024 – Janeiro/2025-1,495,62
Janeiro/2025 – Fevereiro/20254,95
Fevereiro/2025 – Março/20250,64

ALTA E QUEDA

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, sete apresentaram aumento no preço médio: tomate (20,14%), banana (10,34%), café (8,07%), batata (5,24%), farinha de trigo (4,75%), arroz (3,44%) e leite (1,28%).

Por outro lado, seis produtos registraram queda no preço médio durante o período: pão francês (-8,51%), óleo de soja (-5,08%), feijão (-4,61%), carne (-3,31%), açúcar (-0,98%) e margarina (-0,23%).

“O tomate teve aumento de 20% devido à menor oferta na safra de verão, o que elevou os preços em março. O café continua em alta, pelos mesmos motivos observados nos meses anteriores. Desde o ano passado, enfrentamos problemas climáticos, como queimadas e uma grande estiagem, que afetaram a safra e comprometeram os cafezais. Sabemos que o cultivo do café exige tempo para recuperação. Além disso, fatores como especulação, câmbio, exportações e a baixa dos estoques mundiais — especialmente no Vietnã, um dos principais produtores — contribuem para esses aumentos sucessivos. A tendência é que os preços se mantenham elevados até, pelo menos, o próximo ano. A expectativa é de que haja uma desaceleração, com aumentos menores, mas a recuperação da oferta deve ocorrer somente em 2026”, avalia Crislaine Colla.

ÚLTIMOS 12 MESES

Os produtos que apresentaram aumento de preços nos últimos 12 meses foram:

  • Café, com alta acumulada de 97,55%;
  • Óleo de soja, com aumento de 37,49%;
  • Banana, que subiu 22,29%;
  • Carne, com elevação de 18,46%;
  • Pão francês, com alta de 10,32%;
  • Leite, com variação positiva de 6,56%;
  • Farinha de trigo, com aumento de 6,01%;
  • Margarina, com acréscimo de 2,94%.
O café acumula aumento de 97,55% nos últimos 12 meses. Foto: divulgação

Cinco produtos apresentaram variação negativa no período:

  • Batata, com redução de -32,88%;
  • Feijão, com queda de -24,1%;
  • Tomate, com recuo de -20,90%;
  • Arroz, com baixa de -7,68%;
  • Açúcar, com variação negativa de -0,68%.

PESQUISA

Esta pesquisa integra um convênio entre a Unioeste – Campus Toledo e a Prefeitura de Toledo. O objetivo é apresentar o preço médio dos itens da cesta básica de alimentos, a variação nos preços e o impacto de cada produto sobre o custo total da cesta. Além disso, o levantamento aponta o valor total da cesta básica individual e familiar, o poder de compra do trabalhador, o tempo de trabalho necessário para aquisição da cesta, o percentual do salário mínimo destinado à compra desses itens, bem como o salário mínimo necessário para suprir despesas com alimentação, habitação, vestuário, transporte, entre outras.

Os dados também permitem comparações com informações de outros municípios e capitais brasileiras que utilizam a metodologia de cálculo do DIEESE (2016) como base.

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