O Centro de Operações Emergenciais (COE) de Toledo divulgou na tarde desta segunda-feira (23) que o município acaba de entrar no Alerta Laranja (risco moderado) para a Covid-19. Após cinco semanas no Alerta Amarelo (risco baixo), houve uma piora significativa nos últimos dias em vários aspectos, como o aumento de 116,06% no número de novos casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), que saltou de 137 na semana epidemiológica 46 (8 a 14 de novembro) para 296 na 47 (15 a 21) – mais que o triplo dos 87 registados na semana 45 (1º a 7/11).
Na soma dos fatores que compõem a matriz de risco criada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Toledo está com 11 pontos, dois acima do necessário para a manutenção do estágio anterior. Deste total, quatro correspondem ao aumento superior a 20% no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) (passando de zero na semana epidemiológica 46 para um na 47).
Outros quatro pontos advêm da taxa de positividade (proporção entre o número de testes que confirmam a presença do Sars-Cov-2 em relação ao total de exames RT-PCR coletados pelo Sistema Único de Saúde [SUS]), superior a 50% (51,35%, 114 de um total de 222 que ficaram prontos até a manhã desta segunda-feira [23] – na semana 46 esse índice foi de 31,65%). Os três pontos restantes referem-se à taxa de ocupação dos leitos adultos de unidade de terapia intensiva (UTI) no âmbito da 20ª Regional de Saúde, a qual ficou no intervalo entre 25% e 50% (39,89%) na semana epidemiológica 47 (no período anterior, essa taxa estava em 24,06%, crescimento de 65,79%).
O médico integrante da comissão técnica do COE, Fernando Pedrotti, vê com preocupação estes números e faz um alerta à população. “É fundamental que todos nós compreendamos que tem um vírus que pode matar circulando em nosso município. Cada cidadão tem que ser responsável em suas atitudes tanto em casa quanto fora”, adverte. “Aquilo que sempre falamos continua valendo: manter distanciamento social, ficando 2 metros afastado do indivíduo mais próximo; evitar aglomerações, não entrando em ambientes fechados com grande número de pessoas; usar máscara do jeito certo, cobrindo totalmente boca e nariz; e higienizar as mãos várias vezes ao dia, lavando com água e sabão ou, caso isso não seja possível, passar álcool em gel 70% nelas”, aconselha.
A matriz de risco do Conass e do Conasems, que pode atingir a marca de até 40 pontos, conta ainda com outros três fatores que, por ora, estão zerados: taxa de ocupação de leitos de enfermaria adulto por SRAG, abaixo de 25%; previsão de esgotamento de leitos de UTI, maior que 57 dias; e variação do número de óbitos por SRAG nos últimos 14 dias, redução superior a 20%. “Os parâmetros apresentados pela matriz de risco recomendam uma série de restrições de circulação e funcionamento de serviços e estabelecimentos de acordo com a gravidade da pandemia. Nós, do COE, esperamos que tais medidas não sejam necessárias, que a população entenda a gravidade da situação e faça sua parte para que isso não aconteça”, salienta Pedrotti.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação