Por Marcos Antonio Santos

Serviços, indústria e comércio impulsionam a empregabilidade em Toledo

O estoque, ou seja, a quantidade total de pessoas com carteira assinada atualmente trabalhando no município de Toledo, chegou ao patamar de 58.889 em setembro de 2023, o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020). Da população de 150.470 habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% trabalha com a carteira assinada.

Nos últimos 4 anos o aumento de carteiras assinadas foi de 21,5%. Em 2020, eram 48.455, neste ano já são 10.434 a mais: 58.889. Em 2021, quando o país começou a sair da pandemia da covid-19, o número de carteiras assinadas aumentou para 52.640 e em 2022 saltou para 56.183. 

Os setores com mais carteiras assinadas em Toledo são:  serviços 23.811, indústria 20.730 e comércio 10.117. 

CRESCIMENTO – O estoque no setor de serviços em Toledo, de 2020 até setembro de 2023, cresceu aproximadamente 43%. Em 2020 eram 16.656 carteiras assinadas, passando para 23.811 em setembro deste ano.   A indústria neste mesmo período cresceu cerca de 10% no número de carteiras assinadas; em 2020 eram 18.828, em 2023 são 20.730. O comércio teve um crescimento mais tímido; em 2020 o estoque era de 9. 431, até setembro de 2023 são 10.117 (+7,30%).

6.249 – O gerente da Agência do Trabalhado de Toledo, Rodrigo Souza, disse que desde quando assumiu esse cargo na administração pública em 2021, o estoque no município subiu 6.249 carteiras de trabalho assinadas a mais nesse período, passando de 52.640 para os atuais 58.889. “Em média, Toledo tem criado por ano mais de 3 mil novas vagas de empregos. Isso é a força na nossa economia no município de Toledo, que tem o tripé na indústria, comércio e serviços. Isso ajuda a entender que em momentos de crise, a exemplo da pandemia, mesmo que várias pessoas fossem demitidas em alguns setores, continuamos gerando novas vagas, porque fomos mantidos em setores da indústria e serviços que cresceram naquele período”.

O saldo positivo de vagas de emprego em Toledo, no ano de 2020 foi de 1.832; em 2021, 4.184; 2022, 3.543; e até o mês de setembro de 2023, 2.706 vagas de emprego. Total até o 9º mês deste ano de 12.265 novas vagas de emprego.

Segundo Rodrigo Souza, no setor de serviços, a locação de mão de obra temporária é a que mais vem gerando novos empregos em Toledo. “Essa locação está em todos os setores, até mesmo na indústria, na propriedade rural, dentro do comércio, e isso facilita mais contratações, haja vista, que as empresas raízes, se preocupam apenas com o seu serviço e geram outras contratações naquilo que ela não tem conhecimento. Por exemplo, um frigorífico, que produz proteína animal, frango, não vai contratar alguém para o trabalho de solda, ela contrata uma empresa que faça solda, e essa empresa contrata pessoas para fazer esse serviço. No comércio, supermercados, têm muitas pessoas sendo contratadas para montar as gôndolas, preparar esses espaços onde serão expostos os produtos. No Brasil como um todo vem funcionando, e em Toledo, especificamente, vem ganhando muito com a locação de mão de obra, no sentido de gerar empregos formais. Neste ano, o setor de serviços cresceu no nosso município 7,5%, são 1.665 pessoas empregadas e com carteira assinada em um único setor em Toledo”, enfatiza Rodrigo Souza.

Em 2022, o setor de serviços fechou com 22.146 pessoas com carteira assinada, até setembro de 2023 são 23.811; saldo positivo de 1.665.  Nesse mesmo período a indústria teve saldo favorável de 1.090 (19.640 em 2022, saltando para 20.730 neste ano); e o setor de comércio teve uma queda de 0,59% (no ano passado eram 10.186 carteiras assinadas, em 2023 são 10.117).

BRASIL – O mercado de trabalho no Brasil registra recorde histórico de trabalhadores ocupados e, consequentemente, o patamar mais baixo de desemprego em quase uma década. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE.

De acordo com o levantamento, o país encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego em 7,7% – patamar mais baixo registrado desde o trimestre terminado em fevereiro de 2015.

Em números absolutos, o desemprego atingia 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 100 mil a menos na comparação com o trimestre imediatamente anterior, terminado em junho deste ano, e 1,1 milhão a menos que o registrado em setembro do ano passado, o que corresponde a uma queda de 3,8% no trimestre e de 12,1% no ano.

Micro e pequenas empresas responderam por 1,1 milhão (ou 71%) do total de 1,5 milhão de novos empregos formais gerados entre janeiro e setembro de 2023 no Brasil. Os meses de agosto e setembro foram os que apresentaram saldo mais positivo, registrando respectivamente 219.330 e 211.764 novas contratações com carteira assinada.