Dilceu Sperafico. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Por Dilceu Sperafico*

Para nossa satisfação e renovação das esperanças das famílias brasileiras, a economia do País encerrou o ano de 2022 com crescimento de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB), com elevação dos resultados na prestação de serviços de 4,2% e no desempenho da indústria de 1,6%. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando queda de 1,7% apenas na agropecuária no período, mas não se pode omitir o fato da produção do agronegócio ser responsável pela movimentação da indústria de transformação em todo o País.

De acordo com o levantamento, revelado no início deste mês de março de 2023, o PIB do País totalizou 9,9 trilhões de reais em 2022, com rendimento per capita de 46.154,60 reais no período, com avanço real de 2,2% na comparação com a renda individual no ano anterior. A taxa de investimentos em estrutura e segmentos produtivos em 2022 foi de 18,8% do PIB, enquanto a taxa de poupança alcançou 15,9%. No 3º trimestre de 2022, a contribuição da agropecuária e dos serviços avançou 0,3% e 0,2%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao 4º trimestre de 2021, o PIB de 2022 avançou 1,9% no último trimestre do ano, com o 8º resultado positivo consecutivo nessa base de comparação, registrando altas no desempenho dos serviços de 3,3% e nas atividades industriais de 2,6%. A pequena queda de 1,7% no Valor Adicionado da Agropecuária (VAA) no ano de 2022, foi consequência de perdas na agricultura com o clima adverso em diversas regiões produtoras.

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Já na indústria, o destaque positivo foi o desempenho de setores como os da geração de eletricidade e gás natural, tratamento de água e esgotos e atividades de gestão de resíduos, com expansão de 10,1%, graças, inclusive, às bandeiras tarifárias mais favoráveis ao longo de 2022. A construção civil registrou crescimento nacional de 6,9%, beneficiando trabalhadores e indústrias do setor e a população necessitada de moradia.

Conforme o estudo do IBGE, todas as atividades dos setores de serviços apresentaram crescimento em 2022, somando nas atividades de prestação de serviços expansão de 11,1%; nos transportes e armazenagem 8,4%; nas áreas de informação e comunicação 5,4%; nas atividades imobiliárias 2,5%; na administração, saúde e educação públicas e seguridade social 1,5%; no comércio em geral de 0,8%; e nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados houve avanço de 0,4% ao longo do ano.

Na análise de despesas, houve alta de 0,9% na formação bruta de capital fixo, com crescimento pelo segundo ano consecutivo, enquanto os gastos de consumo das famílias avançaram 4,3% em relação ao ano anterior. Já as despesas dos governos cresceram 1,5% em 2022. No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,5%, enquanto as importações dos mesmos segmentos avançaram apenas 0,8%, beneficiando os setores econômicos nacionais, que são os fornecedores do poder público e da iniciativa privada.

Os números apresentados pelo IBGE certamente estão bem distantes do esperado e desejado por empreendedores, trabalhadores e cidadãos brasileiros, mas representam grande alívio e renovação da confiança, diante das previsões de retração da economia nacional no período, devido aos reflexos da pandemia de Covid-19, guerra da Ucrânia com a Rússia e crise econômica mundial.

*Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado.

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br