O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Toledo lançou, em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e a Prefeitura Municipal de Toledo, a 3ª edição do Boletim de Conjuntura Econômica, publicação que analisa os aspectos econômicos do município de Toledo. A publicação é trimestral e voltada aos cidadãos e gestores públicos.
A primeira edição de 2021 faz um balanço econômico de 2020 da cidade. Segundo levantamento, entre contratações e demissões, o Município de Toledo teve um saldo positivo de 2.361 vagas, um aumento de 4,8% comparado a 2019. Em números absolutos na região Oeste, perdeu apenas para Cascavel, que obteve um saldo positivo de 4.728 empregos. A publicação lembra que Cascavel tem o dobro da população de Toledo e faz também a análise comparativa em percentual de empregos gerados.
Um dos organizadores do Boletim, o professor Jandir Ferrera de Lima comenta que o aumento dos empregos formais na região se deve à alta na demanda por produtos alimentícios, que pressionou o setor agroindustrial, e, também, pela alta na procura por serviços da construção civil. “Como durante a pandemia as empresas agroalimentares não pararam a sua estrutura produtiva, não pararam a sua produção, e como houve um aumento na demanda de alimentos por parte da população (em especial por conta do auxílio emergencial), e um aumento nas exportações durante esse período, os frigoríficos aqui da nossa região tiveram uma alta considerável de demanda, e com isso, eles ampliaram a oferta de postos de trabalho para atender o mercado”, explica Lima. O professor ainda chama a atenção para o setor de comércio e serviços, que perdeu postos de trabalho durante o período de quarentena no primeiro semestre, mas se recuperou na segunda metade de 2020 e fechou o ano com saldo positivo.
O Boletim de Conjuntura Econômica também apresenta a variação de preços recebidos pelos agricultores. De acordo com a publicação, a alta do dólar levou ao crescimento dos valores recebidos em reais pelos produtores, ao passo que pode afetar a produção da próxima safra, pois parte dos insumos necessários ao plantio são importados. “Cabe lembrar que, indiferente a esse aumento de preços recebidos, sempre é bom o produtor rural estar bem atento aos custos de produção e gerenciar bem sua estrutura de custos para poder auferir um ganho mesmo com essas turbulências de mercado”, lembra Lima.
O Boletim de Conjuntura Econômica pode ser acessado a partir do link: https://acit.org.br/servicos/area-de-download .
Fonte: Assessoria de Comunicação da Unioeste
