Na última sexta-feira (22) o Biopark completou sete anos. Foto: Michael Juliano/assessoria

Com projetos em educação, pesquisa, negócios e desenvolvimento do território, o Parque avança para um caminho de educação, tecnologia, inovação e fortalecimento no Oeste do Paraná 

“Em 2016, o território que hoje é o Biopark, antes era apenas soja, milho e uma imensidão de terra vermelha. Este era o cenário em que tudo começou, aos poucos. Hoje, sete anos depois, temos asfalto, moradores, prédios e universidades”. Foi assim que a sócia-fundadora do Biopark, Carmen Donaduzzi, abriu seu discurso no aniversário de sete anos do Biopark, que aconteceu na última sexta-feira (22).  

Com projetos em educação, pesquisa, negócios e desenvolvimento do território, o Parque avança cada vez mais para um caminho de tecnologia, inovação e fortalecimento no Oeste do Paraná, concretizando as palavras, a energia e a vontade do casal Luiz e Carmen Donaduzzi em transformar o Biopark em um local com qualidade de vida para estudar, trabalhar e viver.  

Atualmente, o Ecossistema já soma 25 obras concluídas e 18 em andamento, com mais de R$ 300 milhões em investimentos. Um dos avanços mais recentes foi o início das obras do Hospital Intercooperativo de Alta Complexidade da Unimed – parceria que contempla a doação de 20 mil m² pelo Biopark dentro do Ecossistema e um investimento de R$ 80 milhões por parte da Unimed. As obras tiveram início em agosto e deve ser concluída no primeiro semestre de 2026.  

Outro marco recente foi a finalização do Loteamento Universitário, o primeiro do Ecossistema. São 26 quadras compostas por 368 lotes já prontos para a venda. A área equivale a 20% do território do Biopark, com a estrutura planejada para melhorar a qualidade de vida dos moradores em um bairro com infraestrutura moderna.  

“Neste ano já tivemos o início das obras do Hospital de Alta Complexidade que vai atender praticamente um quarto do Paraná. Também já tivemos a entrega de apartamentos e a conclusão do loteamento universitário – com quase 1 milhão de m², 1492 dias trabalhados e quase 250 colaboradores envolvidos. Agora estamos trabalhando na construção de novos lotes industriais”, frisou o Luiz Donaduzzi.  

Dr. Luiz e dona Carmen. Foto: Gabriel Boller/assessoria

Segundo o sócio e vice-presidente do Conselho Administrativo, Vitor Donaduzzi, cada dia fica mais claro o propósito do Biopark existir. “É um legado que pertence a todos. Hoje temos uma compreensão melhor de saber quais caminhos temos que edificar para garantir que este legado seja entregue. E a consequência disso é que a comunidade está entendendo, participando e agregando ao nosso projeto. Hoje eu consigo olhar para trás e contar histórias de colaboradores, estudantes e empreendedores que foram impactados de forma positiva pelo Ecossistema”, destaca. 

Um destas histórias é do Edvaldo Sinhorini.  Ele, que começou como pedreiro, em janeiro de 2017, agora ocupa o cargo de mestre de obras. “Quando eu comecei, eu não fazia ideia de que estaria trabalhando na construção de uma verdadeira cidade”, afirma o colaborador. Atualmente, mais de 2 mil pessoas circulam todos os dias no Ecossistema. São estudantes, colaboradores do Biopark, empresas residentes e moradores que acreditam que o Ecossistema é o início de uma jornada de sucesso. 

Educação para cada fase da vida 

O Parque está pautado em três eixos de atuação: educação, pesquisa e negócio.  No caso da Educação, o Biopark vai muito além do ensino. São mais de 1.700 estudantes em cursos que vão desde a educação infanto-juvenil, como o Pré-Clube e Clube de Ciências, até cursos curtos, graduações e especializações. “O propósito do Biopark é fazer com que as pessoas melhorem de vida. Isso começa pela educação e com uma universidade acessível para todos. A intenção é sermos um polo de ensino de excelência a nível internacional nas próximas décadas”, enaltece Luiz Donaduzzi.  

E para se tornar uma instituição de excelência, é preciso fazer colaborações de excelência. Neste quesito, o Biopark Educação caminhou a passos largos ao longo dos anos. Um exemplo disso é a assinatura do termo de cooperação com a Fundação Dom Cabral, a sétima melhor escola de negócios do mundo pelo Ranking de Educação Executiva do Financial Times, da Inglaterra, dando início ao primeiro curso de Liderança Transformadora. 

Além desta, também houve a estruturação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) com foco em alimentos saudáveis, a inauguração dos laboratórios de biotecnologia, o início das atividades da UMIPI (Unidade Mista de Pesquisa e Inovação) Embrapa no Biopark; e o I Encontro Alimentos do Futuro, no qual se reuniram os principais players de alimentos do Estado, como a Embrapa e o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). “Todas essas iniciativas consolidam o Biopark Educação num ambiente de excelência em pesquisa, ensino e inovação atento a uma formação atual e aderente a todas as fases da vida do ser humano”, comenta o diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha.  

E para fortalecer o eixo educacional, o Biopark Educação conta com mais três instituições de ensino instaladas no local. Uma delas é a Universidade Federal do Paraná (UFPR) com o curso de Medicina,. O prédio onde funciona a Instituição foi construído e doado pelo casal Carmen e Luiz Donaduzzi, ainda em 2018, com um investimento de mais de R$ 22 milhões. 

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) também está presente no Ecossistema com o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e o Ensino Médio Integrado ao curso Técnico em Informática pra Internet.  

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também marca presença com o mestrado profissional em Tecnologias e Biociências e que recebeu a doação de uma área de mais de 37 mil m² onde deverá construir um Complexo da Universidade, além de implementar novos cursos, principalmente da área da tecnologia da informação. 

Benefícios para negócios 

Outro eixo de atuação o Biopark é a área de negócios, que oferta incentivos e benefícios para gerar uma transformação real. Já são mais de 170 empreendimentos nacionais e internacionais, que, independentemente do seu tamanho, têm encontrado no Ecossistema a infraestrutura e suporte necessário para crescimento e faturamento. 

Dirceu Mascimo Junior é o proprietário da FlexVet – uma das empresas pioneiras dentro do Ecossistema, e que atua na área de saúde animal desenvolvendo tecnologias para odontologia veterinária. Ele conta que a empresa cresceu 70% desde que se instalou no Biopark. “Tivemos um crescimento expressivo com apoio, mentorias e acesso a várias ferramentas que o Ecossistema proporciona para as empresas que querem evoluir. Os benefícios e as facilidades que o Biopark fornece nos fez reinvestir na empresa. Atualmente temos 17 modelos de tecnologia no mercado para a área da odontologia veterinária, sendo que quatro foram desenvolvidas aqui, incluindo uma mesa cirúrgica para odontologia veterinária – a primeira do Brasil”.  

O Parque também conta com empresas âncoras – de grande porte. Uma delas é a Prati-Donaduzzi, que neste ano se tornou a maior produtora de medicamentos genéricos da América Latina. A empresa tem seu Centro de Distribuição dentro do Ecossistema; a Volvo Penta – uma das líderes globais na fabricação de motores e sistemas de propulsão para aplicações marítimas e industriais – também está no Biopark, além da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que terá uma unidade no Biopark com foco na produção de proteína animal – aves, suínos e peixes. 

Pesquisas 

Na área da Pesquisa, o projeto de Queijos Finos, que completou quatro anos, é sem dúvidas o projeto mais gostoso do Biopark e um marco para o Oeste do Paraná. Com transferência gratuita de tecnologia e acompanhamento em todas as etapas de produção, apresenta uma nova perspectiva para produtores rurais, agregando valor ao seu produto. Hoje, o Projeto de Queijos Finos do Biopark conta com 15 produtores de cidades do Oeste paranaense.  

Em produção, já somam 19 queijos em comercialização, e mais 51 tipos desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento no laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI). Este ano o Projeto obteve grande reconhecimento. Foram conquistados quatro prêmios mundiais, três estaduais e 17 nacionais, sendo que dois receberam destaques entre os dez melhores do Brasil.   

Um dos cases de sucesso é a produtora dos queijos tipos Morbier Café e Saint-Paulin, Cirlei Rossi dos Santos, que recentemente se tornou parte da Rota do Queijo Paranaense de Turismo Rural – uma iniciativa do IDR-Paraná – Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná/Iapar/Emater. “Nós estamos escrevendo uma nova história porque temos uma agroindústria, que é diferente de você produzir e comercializar leite. Nós agregamos um valor significativo à nossa matéria-prima e assim conseguimos participar de uma fatia do mercado que anteriormente não tínhamos acesso”, realça. 

Outro projeto que avança no Biopark é o Laboratório de Biomateriais e Bioengenharia (LBB), fruto de uma parceria internacional entre Biopark, Universidade de Laval, do Canadá, e o Instituto de Bioengenharia do Hospital Erasto Gaertner – IBEG, de Curitiba. No local estão sendo feitos estudos sobre recobrimentos antimicrobianos para dispositivos médicos, como cateteres venosos centrais. O desenvolvimento dessas pesquisas pode resultar em dispositivos capazes de prevenir infecções durante a sua implantação ou manipulação, trazendo mais segurança e qualidade de vida para pacientes em tratamento hospitalar. 

Futuro 

Para o futuro a previsão que o Biopark avance no setor imobiliário. Uma das atrações mais esperadas é o Open Mall – um conceito de centro comercial que vai desenvolver não só a região do Biopark, mas também o Oeste do Paraná. Em um terreno de 62.772 m², o local terá estacionamento térreo, praça com área de convivência, e 110 lojas, incluindo atacarejo, cinema, boliche, academia, Centro de Eventos e três empresas âncoras. Ao todo, o investimento chega a R$ 90 milhões. 

Outra força motriz que vai permitir que o Ecossistema receba, em 30 anos, mais de 500 empresas, com oferta de 30 mil postos de trabalho e uma população estimada em 75 mil moradores é o Distrito Industrial, com áreas residenciais, na atração de empresas e pessoas. 

Segundo o vice-presidente do Biopark, Paulo Victor Almeida, esta velocidade de crescimento é resultado de diferentes fatores, como a realidade da Região, que possui um ambiente efervescente e favorável a uma trama de inovação e desenvolvimento. “O nosso papel para o futuro é cada vez mais entender demandas. O que mais podemos fazer pelo Oeste? Para o futuro, eu vejo cada vez mais as empresas se aproximando da nossa Região e consequentemente do Biopark, isso traz âncoras e prosperidade aos empreendedores. Vejo ainda, cada vez mais entidades e instituições de credibilidade educacionais se aproximando, isso traz boa educação, boa qualificação profissional e um nível de pesquisa diferenciada”, finaliza. 

Fonte: assessoria Biopark