Por Marcos Antonio Santos
O mercado financeiro reduziu a previsão da inflação para 2024. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada nessa segunda-feira, 15, pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – deve fechar este ano em 3,87%.
Mas neste começo de ano alguns preços dos alimentos estão bem acima dos valores da inflação. Quem vai ao supermercado, em Toledo, para comprar a batata inglesa ou repolho se assusta com o preço. “Em um supermercado de Toledo, a batata estava R$ 10,00 o quilo e achei o preço muito elevado, não comprei. Em um mercadinho perto da minha casa, encontrei pelo preço de R$ 8,00 o quilo, apesar do valor alto acabei comprando, porém, o valor está bem salgado, conta o aposentado Mário Alexandre de Oliveira.
O preço do repolho está em média R$ 10,00 a unidade e chegou a ser vendido a R$ 1,99. Os pequenos produtores das feiras livres relatam que o produto está em falta e o que tem está pequeno. Eles contam ainda que está difícil para manter os preços.
CESTA BÁSICA – A batata, de acordo com os dados do Núcleo de Desenvolvimento Regional, composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio e Pós-graduação em Economia da/Campus de Toledo, que apresenta a Pesquisa da cesta básica de alimentos para o município de Toledo já indicava em novembro passado que o produto havia aumentado 25,64% em comparação com o mês de outubro. “Sobre a batata, é um produto muito sazonal e com diversas mudanças ao longo do ano. Apesar do aumento do preço verificado em dezembro, no acumulado do ano de 2023 o seu custo apresentou redução de -14,19%”, avalia a professora no curso de economia da Unioeste e Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), Crislaine Colla.
“A coleta de preços para a pesquisa segue um calendário pré-determinado, com estabelecimentos diferentes e dias diferentes, justamente para evitar alguns viéses. As promoções e substituições, quando possíveis, são formas de driblar um pouco os efeitos do aumento do preço dos produtos”, pondera Crislaine Colla. A professora disse que eles estão finalizando os dados da cesta básica de dezembro.
Em um supermercado da cidade no mês de dezembro passado, a batata em promoção custava R$ 4,99 o quilo. Em outro supermercado o preço do tubérculo no último domingo, 14, estava sendo comercializado por R$ 8,99 o quilo.
Quem também precisa driblar e utilizar de criatividade para não aumentar os preços da maionese, batata frita, nhoque, são os restaurantes. Uma das proprietárias do Restaurante Tio Zé, Maristela Alen, disse que como todo produto que sai do controle de preço, é difícil, mas, não pode ser suprimido totalmente. “Em comparação com os meses anteriores o aumento da batata foi elevado. Dessa vez foi um aumento maior”, afirma.
