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Banco de Leite do Huop completa 26 anos como referência na coleta e controle de leite humano

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Foto: Unioeste

Com 26 anos de história, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, é um dos principais serviços de apoio à saúde neonatal na região. Vinculado à Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, o BLH do HUOP se destaca pelo trabalho contínuo de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição de leite materno para recém-nascidos em situação de vulnerabilidade nutricional, principalmente os prematuros.

A coordenadora do serviço, Jociani Fátima Castro, explica que o banco segue normas rigorosas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela rede nacional, garantindo que cada etapa, da doação à distribuição, seja feita com segurança.

“O objetivo maior da fundação dos bancos de leite é ter leitinho para alimentar os prematuros”, afirma Jociani.

O BLH coleta leite exclusivamente de mães saudáveis. Para ser doadora, é necessário apresentar exames negativos para doenças como sífilis, hepatite, HIV e não ser fumante. Grande parte da coleta é feita diretamente nas casas das lactantes. Somente em maio de 2025, foram 262 coletas domiciliares realizadas pela equipe, que se desloca até a casa da mãe para fazer a coleta e examinar se o ambiente está dentro das normas exigidas e se o leite foi armazenado corretamente. Para que o leite venha a ser utilizado, deve estar congelado em frasco de vidro com tampa de plástico. Frascos mal vedados, com sujeira ou com leite em estado líquido ao invés de sólido são automaticamente descartados.

Foto: Unioeste

Entre as mulheres que contribuem com o banco de leite está Charlene Krüger Dōterra, passou por 10 gestações, hoje mãe de 9 filhos (as) vivos, doou todas as vezes. Ela relembra o primeiro contato com o BLH:

“Quando tive minha primeira filha, em 2002, conheci o banco de leite, e senti que poderia ajudar muitos bebês que não tinham o leitinho da mamãe por algum motivo, que o leitinho que eu tinha poderia ajudar, e assim aconteceu”, relata Charlene.

Desde então, sempre que teve oportunidade, contribuiu com doações. Ela deixa uma mensagem para outras lactantes:

“Gostaria que todas as mamães soubessem que o leitinho que às vezes elas desprezam na pia ou na fraldinha, pode salvar um bebezinho prematuro, ou que está impossibilitado de receber o leitinho da sua mamãe… Que nós mães podemos ser benção na vida de alguém tão pequeno e indefeso.”

Triagem e Qualidade

Ao chegar ao banco, o leite passa por um rigoroso controle de qualidade. A triagem inicial avalia a higiene do frasco, a coloração do leite, seu odor e se está devidamente identificado com a data de início da coleta. Leites fora do prazo ou com sinais de contaminação não são aproveitados.

A equipe realiza exames de acidez (pH) e só encaminha para pasteurização o leite que estiver dentro dos padrões estabelecidos. Após o procedimento, o líquido pode ser armazenado por até seis meses congelado. Além da pasteurização, alguns leites são analisados quanto ao teor de gordura, por meio do exame de crematócrito. Isso permite direcionar os leites conforme as necessidades específicas dos recém-nascidos, como em casos de prematuros com problemas digestivos ou de ganho de peso.

São cerca de 293,6 litros de leite humano coletado mensalmente. Em maio de 2025, foram 242 litros coletados e 201,1 litros distribuídos, atendendo 177 crianças no período. Mesmo com a média positiva de doações, há oscilações ao longo do ano. Segundo Jociani, o frio e a diminuição de estímulos podem interferir na produção e oferta de leite.

Foto: Unioeste

Seguranca, Estrutura e Protocolos

O Banco de Leite do HUOP é totalmente estruturado para garantir a segurança e a viabilidade do leite desde a coleta até a distribuição. Freezers e geladeiras são divididos entre leites em análise, pasteurizados e prontos para uso, e os que ainda aguardam resultados de exames microbiológicos. Nada é distribuído sem aprovação total nos critérios de qualidade. A unidade segue cerca de 62 normativas estabelecidas pela Rede Brasileira de Bancos de Leite, com controle rigoroso de temperatura, ciclo de armazenamento, transporte e preservação do leite.

Sua atuação vai além da coleta. O serviço oferece suporte técnico, orientações às mães internadas, visitas domiciliares e colabora com as equipes da maternidade e da UTI neonatal, reforçando a importância do aleitamento materno desde os primeiros dias de vida. Além de alimentar, o leite humano pasteurizado contribui com o fortalecimento imunológico dos bebês, especialmente os mais vulneráveis.

“Esse leite vai aumentar a imunidade da criança, ajudar no crescimento dos probióticos e prebióticos, e favorecer o desenvolvimento do intestino”, explica a coordenadora Jociani.

Com uma trajetória sólida, o Banco de Leite do HUOP se mantém como referência regional em segurança, controle e incentivo ao aleitamento materno. A dedicação técnica da equipe e a generosidade de mães como Charlene revelam a força de um gesto simples, mas que salva vidas diariamente.

Fonte: Unioeste/Maria Klok

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Edição nº2786 – 24/06/2025

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