18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, triste realidade que assola nossa sociedade. Só para se ter ideia 51% das crianças sexualmente abusadas têm de 1 a 5 anos e 70% das 527 mil pessoas estupradas no Brasil, anualmente, são crianças e adolescentes. Com estas estatísticas apresentadas fica claro que a denúncia é essencial, mas cada um também pode estar atento aos sinais e hoje o Hospital Universitário do Oeste do Paraná traz esse alerta.
O núcleo familiar e pessoas próximas da criança e do adolescente podem observar comportamentos que não são comuns no dia a dia, como agressividade, isolamento e ataques de pânico. Em alguns casos de violência, a criança regride e volta a chupar o dedo, usar chupeta, roer unhas, arrancar os cabelos, entre outros comportamentos que não são comuns.
“As crianças que sofreram algum tipo de violência podem apresentar resistência ao fazer o exame. Durante a avaliação já é possível observar no comportamento da criança quando há algo errado. Com o exame físico é possível analisar também os sinais de agressão em alguma parte do corpo”, ressalta o médico pediatra, Nickson Souto.
Crianças e adolescentes suspeitos de sofrerem abuso sexual são encaminhados pelos órgãos de proteção para atendimento no Huop. Na instituição, as equipes ficam atentas aos possíveis sinais de violência durante o internamento. “O serviço social não realiza o trabalho investigativo, mas, temos todo o cuidado de encaminhar para o processo/trabalho de investigação, para que essa vítima também tenha acesso ao suporte externo, que envolve acolhimento e proteção. Cada caso é necessário avaliar com cautela toda situação para garantir o melhor acolhimento necessário”, comenta a Assistente Social, Dalas Cristina Miglioranza.
Caso haja a suspeita de violência que é identificada durante o internamento, a equipe do Serviço Social orienta os familiares a registrar um boletim de ocorrência, para que o caso seja investigado pelas autoridades.
Os servidores também realizam o acolhimento e acompanhamento de cada caso, para que haja evolução da situação aos órgãos de proteção da criança e adolescente, como o Conselho Tutelar e Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes “Nucria”.
DENÚNCIAS
Aquele que tomar conhecimento da prática de algum crime contra criança ou adolescente pode denunciar de forma anônima através do 197, da PCPR e 181, do Disque Denúncia ou o Disque 100.
Se a pessoa perceber que a violência estiver ocorrendo naquele momento, a Polícia Militar pode ser acionada por meio do 190.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Unioeste