Mais um teatro montado… sem plateia.
Explico:
Montaram o circo, mas longe do picadeiro original. A coletiva de imprensa não aconteceu em Toledo, onde os fatos ocorreram, mas em Cascavel. Medo de encarar a plateia da própria terra? Talvez. Vai ver, o ar de Cascavel é mais leve… ou menos comprometedora.
Primeiro ato: Betinho, o ex-prefeito “honesto”, foi alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), após denúncias envolvendo supostas propinas ligadas às obras do Hospital Regional de Toledo. Resultado? A Justiça Federal, por meio do MPF, arquivou a investigação criminal por não encontrar provas de que ele, pessoalmente, tenha embolsado algum trocado. Atenção: arquivou a investigação criminal sobre recebimento direto de propina — não confundam com absolvição total ou fim do problema.
Agora, um teste simples para você, leitor atento e curioso:
No tal teatrinho encenado recentemente (com direito a choradeira e sorrisos amarelos), foi mostrado algum despacho oficial do MPF? Algum documento com timbre, número de protocolo e assinatura?
Você viu algo vindo do Ministério Público Federal, e não só palavras jogadas ao vento?
Pois, em nome da verdade e do interesse público — e não da bolha emocionada — seguem os VERDADEIROS fatos:
MPF pede quebra de sigilo bancário de Beto Lunitti após perícia constatar superfaturamento de R$ 2,2 milhões
- Por: Redação Gazeta de Toledo – Publicado em 01/10/2024
Conforme noticiado anteriormente, no dia 22 de julho, a Polícia Federal realizou uma perícia e constatou um superfaturamento nas obras do Hospital Regional de Toledo. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a quebra de sigilo bancário dos envolvidos no caso.
Durante sua gestão como prefeito (2012-2016), Beto Lunitti teria demonstrado grande empenho em garantir a liberação do habite-se — certificação de conclusão das obras — a qualquer custo, buscando ser reconhecido como o responsável pelo projeto. No entanto, ele não previa os sérios problemas que essa decisão poderia lhe trazer.
A Polícia Federal identificou que o superfaturamento ocorreu no oitavo aditivo do contrato de construção do hospital. Com isso, o MPF agora busca acessar os extratos bancários dos envolvidos para prosseguir com a investigação.
A situação envolve o inquérito policial sobre superfaturamento na execução do contrato de construção do Hospital Regional de Toledo/PR, conforme o artigo 96, inciso V, da Lei nº 8.666/93. A análise dos extratos bancários e das informações fiscais obtidas é crucial para dar continuidade à tramitação entre a Polícia Federal e o MPF.
Vejam: A integra do pedido de QUEBRA DE SIGILIO
Hospital Regional de Toledo: um projeto de saúde… ou um caso clássico de corrupção?
Quando estourou a notícia do superfaturamento de R$ 2,2 milhões nas obras do Hospital Regional, a cidade de Toledo parou. Aquela que seria a obra-símbolo da gestão Beto Lunitti (2012–2016) virou caso de polícia. O que era para ser o troféu de sua administração virou manchete policial.
Durante sua gestão, Lunitti correu contra o tempo para concluir o hospital e garantir o tão desejado “habite-se”. A ideia era simples: entrega + inauguração = prestígio político.
Mas o que parecia o final feliz de uma novela virou enredo de suspense investigativo.
A Polícia Federal confirmou que o superfaturamento ocorreu no oitavo aditivo do contrato. O MPF chegou a pedir a quebra de sigilo bancário de envolvidos, sinalizando que, na época, a investigação estava só começando. Enquanto isso, a população assiste à transformação do “legado da saúde” em símbolo de suspeitas, vaidade e ambição desmedida.
A cidade se divide: há os que acreditam que Lunitti foi vítima de um sistema corrupto, e os que o enxergam como mais um político movido por vaidade e sede de holofote. Afinal, o que seria um “legado”, se não uma boa foto cortando fita vermelha?
Agora, mesmo com o hospital em funcionamento, a dúvida permanece no ar — como o cheiro de tinta fresca cobrindo rachaduras estruturais:
Qual é o verdadeiro legado de Lunitti?
Avanço na saúde pública ou um exemplo de como a vaidade pode comprometer a ética e a responsabilidade?
O último ato (por enquanto)
Meses se passaram e, após o arquivamento da parte criminal federal, começou o show pirotécnico para transformar isso em certificado de inocência. Mas atenção: o MP do Paraná não saiu de cena. Pelo contrário — já confirmou a existência de superfaturamento, e agora cabe à Vara Cível de Toledo dar o veredicto.
Ou seja:
Nada foi arquivado quanto à responsabilidade administrativa e civil.
Nada foi julgado.
Nada foi sentenciado.
A única coisa que já foi exibida… foi o espetáculo. E como em todo bom circo, teve palhaço — a dúvida é: quem estava maquiado e quem foi feito de bobo?