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Às vésperas…

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Às vésperas do Natal e do Ano Novo, sempre surge a mesma curiosidade coletiva: o que Papai Noel e o primeiro ano do Executivo colocaram no saco para entregar aos munícipes? Promessas? Surpresas? Ou apenas embrulhos reciclados de gestões passadas?

Este colunista leu e releu a nova reforma administrativa. E é preciso registrar, sem rodeios: o texto é digno de uma cidade que se diz planejada. Há lógica, há organograma funcional e, principalmente, há algo raro na política municipal — responsabilização clara. Não é maquiagem, é estrutura.

Enquanto isso, nos corredores — esse ambiente fértil para fofocas travestidas de “fontes bem-informadas” — já se anuncia uma suposta dança das cadeiras no secretariado. Para os mais entusiasmados, virá uma grande reforma. Para os mais céticos, nada muda em 2026 e o baile segue com os mesmos pares no salão, apenas trocando a música.

Às vésperas I…

Do ponto de vista técnico — e não do disse-me-disse — este jornalista entende que algumas mudanças, sim, devem ocorrer. Não por pressão política, mas por coerência. Desde o primeiro dia, o prefeito foi claro ao afirmar que alguns nomes nomeados teriam prazo de validade: 12 meses. Palavra dada em política não é detalhe; é compromisso público.

E, ao que tudo indica, pelo menos parte desses desligamentos ocorrerá, como prometido. O que, convenhamos, já seria uma ruptura considerável com a tradição local, onde cargos costumam ser vitalícios — independentemente de desempenho.

Às vésperas II…

Os comandantes da EMDUR e da Fazenda foram explícitos: 12 meses e ponto final. Outros nomes, mais cautelosos, deixaram suas vagas “em aberto”, como quem sabe que política é contrato de risco. Mas, como ensina o velho adágio, ninguém morre na véspera.

Por isso, convém ir com calma. A histeria por mudanças muitas vezes ignora um dado incômodo para os críticos: poucos dos secretários escolhidos deixaram de cumprir metas, mesmo sendo, em sua maioria, técnicos — e não políticos profissionais.

No fim das contas, talvez a maior frustração de alguns seja justamente essa: um Executivo que avalia por resultado, e não por barulho. E isso, para quem vive de corredor, é sempre indigesto.

Liliane Rodrigues assume interinamente o Meio Ambiente

Conforme antecipado nesta coluna ontem — quando foi anunciada a ida de Rodrigo Souza para a Deseco —, o Executivo municipal também promove ajuste temporário na área ambiental.

Liliane Dória Wychocki Rodrigues, hoje, diretora de Licenciamento Ambiental, foi designada para responder pela Secretaria do Meio Ambiente do Município de Toledo no período de 5 a 16 de janeiro de 2026, assegurando a continuidade administrativa da pasta durante o recesso.

Movimento pontual, mas que revela a engrenagem em funcionamento e a necessidade de manter a máquina pública operando mesmo nos bastidores do calendário político.

Apagão ideológico: Quando a luz falta onde sobra energia

Faltar energia elétrica durante o discurso do presidente da República, justamente em um evento realizado sob a sombra da maior geradora de energia do país, é algo que desafia a lógica — e a paciência do contribuinte. Na inauguração da Ponte da Integração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi literalmente deixado no escuro. Coincidência técnica ou apagão seletivo?

Itaipu apagada: O lugar onde a luz não pode faltar

É quase poético — ou trágico. A cerimônia ocorreu em área diretamente vinculada à Itaipu Binacional, símbolo mundial de eficiência energética. Ainda assim, faltou o básico: energia elétrica. Se isso não é falha de planejamento, é performance artística de mau gosto.

Nove minutos de discurso, zero de prevenção

O sistema caiu após nove minutos de fala presidencial. Nove. Tempo suficiente para qualquer equipe técnica perceber que algo estava errado — ou simplesmente torcer para que desse errado depois. Em eventos dessa magnitude, geradores redundantes não são luxo: são obrigação. Aqui, pareceram artigo de ficção científica.

Plano B? Só se for de “boicote”

Quando falta energia em um evento comum, é problema. Quando falta em um evento presidencial, é constrangimento institucional. Quando falta em Itaipu… vira suspeita. O improviso raramente é neutro quando acontece sob holofotes internacionais. E improviso, aqui, foi o que não faltou.

Falha técnica oi direita técnica?

Há quem diga que foi apenas “uma queda de energia”. Outros juram que foi azar. Mas o senso comum pergunta:
— faltar luz onde mais se produz energia… só pode ser coisa da direita, dizem nos bastidores, entre ironias e sorrisos amarelos.

Quem apagou a luz?

A gestão operacional do evento estava sob responsabilidade da direção brasileira da Itaipu, cujo coordenador é Carlos Carboni. A explicação oficial — “faltou energia no local” — mais parece piada pronta do que esclarecimento técnico. Explicar pouco, nesse caso, só amplia a sombra.

Ponte inaugurada, credibilidade em obras

A Ponte da Integração nasceu para unir países, mas o evento conseguiu separar planejamento de competência. O gesto do presidente, descendo do palanque para cumprimentar o público, foi humano. O episódio, porém, foi institucionalmente vexatório.

No escuro fica a dúvida

Se foi incompetência, ela é grande demais para ser ignorada.
Se foi negligência, exige responsabilização.
Se foi algo além disso, a investigação não é opção — é dever.

O que não se aceita é tratar o apagão como simples oscilação elétrica. Porque, nesse caso, o que realmente falhou não foi a energia. Foi a gestão.

Quando o organograma vira política pública

Em silêncio — como costumam ocorrer as reformas mais profundas — o Executivo de Toledo promoveu, no apagar das luzes de 2025, uma das mais amplas reestruturações administrativas de sua história recente. A Lei nº 3.060, que ao meu ver, não tratou apenas de cargos, nomes ou funções. Tratou de modelo de gestão.

A Lei nº 3.060 rompe com a lógica antiga da administração municipal baseada em improviso, sobreposição de funções e cargos genéricos. Em seu lugar, institui um desenho técnico, com atribuições detalhadas, exigência de formação mínima, clareza hierárquica e foco em planejamento, controle e resultados. É o Estado municipal tentando, finalmente, agir como instituição — e não como soma de vontades individuais.

Não se trata de inflar a máquina. Ao contrário: a lei organiza, especializa e responsabiliza. Cada secretaria passa a saber exatamente o que faz, como faz e por que faz. O efeito prático é a redução de ruídos internos, conflitos administrativos e decisões personalistas.

Mas há um ponto que merece destaque especial: a comunicação pública.

Ao detalhar minuciosamente as atribuições da Secretaria de Comunicação, o Executivo reconhece algo que muitos ainda fingem ignorar: comunicação não é marketing, é política pública. Transparência, prestação de contas, linguagem institucional, registro histórico, comunicação digital, transmissão ao vivo de atos públicos — tudo isso passa a ser tratado como função estratégica, e não acessória.

Essa mudança protege a administração, qualifica o debate público e fortalece o controle social. Governos que não comunicam com método acabam reféns do improviso — ou do boato.

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Edição nº2802 – 18/12/2025

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