Nunca se viu tanta demonização das pesquisas eleitorais como neste ano. A cada novo levantamento divulgado, logo surgem vozes afirmando: “Não acredito, isso é comprado.” Esse ceticismo é reflexo das eleições de 2018, quando institutos como Ipec, Datafolha, Ipespe e Quaest indicavam uma vitória confortável de Haddad sobre Bolsonaro na corrida presidencial, o que acabou não se concretizando.

As “Pisquisas” e as Pesquisas – Parte I

Em 28 de setembro de 2018, o Datafolha, em uma simulação de segundo turno, apontava Haddad com 45% e Bolsonaro com 39%. Haddad aparecia com uma curva de crescimento acentuada, enquanto Bolsonaro parecia estar em queda. Mais do que os números, as projeções das curvas deixavam os eleitores de Bolsonaro desanimados, sugerindo um desfecho que, obviamente, não aconteceu.

As “Pisquisas” e as Pesquisas – Parte II

Em Toledo, a poucos dias da “verdadeira pesquisa” – as eleições – cada grupo político tem seus próprios números internos. Alguns até tornam públicos esses dados, que muitas vezes são altamente questionáveis. Chega a ser vergonhoso que certos coordenadores de campanha, que se autodenominam “entendidos”, divulguem essas pesquisas viciadas acreditando que os eleitores vão engolir esses números distorcidos.

As “Pisquisas” e as Pesquisas – Parte III

As “manobras” com os números dessas pesquisas de institutos duvidosos são tão descaradas que chegam a enojar até quem apoia um dos três principais candidatos. O foco deveria estar nas propostas e nas realizações de cada um, mas, ao invés disso, os números são manipulados. Veja o exemplo aqui em Toledo: a Rede Massa, que pertence ao governador, conta com o gerente da emissora que é dono de um desses institutos de pesquisa, comandado pelos filhos. E, como era de se esperar, os resultados sempre favorecem os interesses de quem está no poder.

As “Pisquisas” e as Pesquisas – Parte IV

Em Assis Chateaubriand, a situação chega a ser surreal. A pesquisa publicada no último dia 25 é uma verdadeira prova de como alguns institutos são usados como ferramentas nas mãos de irresponsáveis. O instituto IRG, contratado pelo jornal “O Regional”, divulgou números absurdos: Marcelo com 64,7%, Vitinho com 35,3%, e, somando os indecisos, brancos e nulos, chegamos a um total de 113,3%. Uma fraude evidente.

Os Últimos Serão os Primeiros?

Essa expressão é bíblica e aparece em alguns textos do Novo Testamento. Claro que, na política, não podemos usar essa frase para justificar as manipulações e artimanhas de certos institutos de pesquisa. Porém, ela nos leva a refletir sobre os atuais fatos políticos em Toledo.