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As grandes riquezas alimentares e minerais do solo e subsolo do Brasil

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Deputado federal Dilceu Sperafico (PP). Foto: Assessoria

Por Dilceu Sperafico*

O maior e mais rentável patrimônio do Brasil está no seu solo, com amplas e férteis áreas de cultivo e criação de animais e enormes reservas de minerais e elementos químicos, indispensáveis na fabricação de equipamentos tecnológicos e ambicionados por países desenvolvidos. O nióbio, por exemplo, do qual 90% das reservas mundiais estão no Brasil, há algum tempo está na mira dos Estados Unidos e deveria ser utilizado nas negociações de tarifas impostas por aquele país. Muitas nações industrializadas buscam alternativas às minas da China, que domina as reservas, extração e tratamento desses minerais, indispensáveis para a transição energética e fabricação de equipamentos tecnológicos. Mesmo sendo dono da 2ª maior reserva do mundo das chamadas terras raras, o Brasil adia há muitos anos a realização de levantamentos e aprovação de normas específicas para a exploração e exportação do “ouro” do século 21.

Os minerais abundantes no solo brasileiro são considerados especiais por serem de difícil extração, como são os casos de nióbio, lítico, titânio e tântalo, que se somam às chamadas terras raras com 17 elementos químicos encontrados em algumas reservas minerais. Separar e extrair esses elementos é difícil e demorado, porque são cerca de 100 gramas de terras raras por tonelada processada, em processo caro com solventes e ácidos com resíduos perigosos ao meio ambiente. Mesmo assim, são estratégicos porque sem eles não haveria a economia do futuro. Conhecidos como “ouro” do século 21, minerais como terras raras, lítio, nióbio, cobre, grafite, manganês, urânio e cobalto, entre outros, são essenciais para produzir painéis solares, turbinas eólicas, discos rígidos, equipamentos aeroespaciais, baterias de carros elétricos e nanotecnologia, entre outros equipamentos. Trata-se de riqueza estratégica, com potencial de impulsionar a transição energética e a indústria de alta tecnologia, mas mesmo com essa vantagem geológica, o Brasil ainda está longe de explorar plenamente seu potencial.

Boa parte das terras raras extraídas no País continua sendo exportada em estado bruto, sem processamento ou agregação de valor. Enquanto isso, a China domina o refino dos minerais e os Estados Unidos pressionam por acesso a fontes alternativas, mirando o subsolo brasileiro. As terras raras, vale lembrar, formam grupo de 17 elementos químicos encontrados na natureza, geralmente misturados a outros minérios e de difícil extração. Apesar do nome, não são necessariamente raros, mas difíceis de isolar em alta pureza, o que torna o processo caro e complexo. Esses minérios são indispensáveis para a produção de turbinas eólicas, motores de carros elétricos, chips de computadores e celulares, equipamentos médicos de ponta, satélites, foguetes e mísseis e dispositivos eletrônicos de última geração, o que os colocam no centro da economia do século 21 e em disputas geopolíticas acirradas. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil possui cerca de 21 milhões de toneladas de terras raras, o que o coloca como o 2º maior detentor global, atrás apenas da China, que além de ter reservas, domina a tecnologia de beneficiamento e refino. Para isso, segundo especialistas, a China tomou decisão estratégica há décadas, como dominar toda a cadeia produtiva das terras raras e foi isso que faltou ao Brasil, que exporta a matéria-prima bruta, perdendo valor ao longo da cadeia.

*Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br

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Edição nº2789 – 08/08/2025

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