Da Redação
Secretária do Meio Ambiente destaca ação preventiva, risco de queda e projeto artístico que dará novo significado ao espaço urbano
A Secretaria do Meio Ambiente de Toledo realizou novas vistorias e retirou, nesta semana, mais duas árvores da espécie tipuana na Rua Almirante Barroso. A secretária Luciana Fogaça detalhou que a decisão ocorreu após avaliação técnica que identificou risco iminente de queda, especialmente após um episódio recente em que uma árvore tombou devido aos ventos fortes.
“Na semana passada, nossos biólogos estiveram na rua Almirante Barroso para realizar uma vistoria, motivada pela queda de uma árvore dias antes, em função dos ventos. Ao fazer essa avaliação, eles constataram que havia grande risco de novas quedas. Recebemos o laudo e, com isso, a Secretaria de Infraestrutura retirou duas árvores na semana passada e nessa quarta-feira, dia 10 de dezembro, retiramos mais duas que estavam condenadas”, explicou Luciana.
Além da remoção para garantir a segurança, uma iniciativa inédita está em andamento: transformar os troncos das árvores retiradas em obras de arte.
“A ideia é aproveitarmos esses troncos para esculturas. Estamos organizando essa ação com a Secretaria da Cultura e em parceria com artesãos, para que essas peças retornem à própria Almirante Barroso como intervenções artísticas”, destacou.
Luciana também adiantou que há estudos para revitalizar o trecho onde as árvores foram retiradas.
“Estamos em conversa com as Secretarias de Infraestrutura e de Planejamento para verificar a possibilidade de revitalização desses pontos. A intenção é requalificar o espaço, trazendo um novo olhar para a via”, complementou a secretária.
PREVENÇÃO – A Prefeitura de Toledo, por meio das Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura Rural e Urbana e Serviços Públicos, reforça que as remoções têm caráter preventivo, especialmente diante da previsão de temporais para os próximos dias, visando evitar danos a pedestres, motoristas e residências próximas.
De acordo com Vinícius Apolinário, coordenador de recuperação de áreas degradadas, as árvores já haviam sido avaliadas em vistorias anteriores.
“Essas tipuanas apresentavam problemas estruturais. Uma delas tinha uma figueira mata-pau — parasita que compete por nutrientes, aumenta o peso dos galhos e pode provocar tombamento. Além disso, uma possuía uma cavidade na base da raiz, o que elevava ainda mais o risco de queda”, explica.
A ação foi antecipada justamente por causa da previsão de ventos fortes. “É uma medida preventiva. Após a remoção, haverá o replantio de novas árvores, com espécies adequadas ao espaço e às condições do solo”, afirma Vinícius.
Replantio e requalificação da via
O replantio fará parte de um projeto mais amplo de reorganização urbana.
“Estamos planejando, junto com outras secretarias, a readequação dos passeios e canteiros, para garantir que as novas árvores tenham espaço adequado de desenvolvimento. O objetivo é manter a arborização, com segurança e sustentabilidade”, completa Vinícius.
