Por Marcos Antonio Santos
Entre quinta-feira e sábado (1º a 3), o Jardim Facchini recebeu a segunda edição do Ecoponto Itinerante em Toledo. E foram recolhidas aproximadamente 155 toneladas de lixo (pneus, potes, vasos, garrafas, entre outros). No primeiro Ecoponto de 2024 realizado no Jardim América I e II foram recolhidas 24 toneladas de objetos.
Coordenada pelo Setor de Controle e Combate às Endemias (Secretaria de Saúde), que recebe apoio logístico das secretarias do Meio Ambiente e da Infraestrutura Rural e Urbana e de Serviços Públicos, a ação de prevenção à dengue compreendeu mais de 50 quarteirões em que imóveis receberam vistorias dos agentes de combate a endemias (ACEs), que orientaram os moradores sobre eliminar focos que já são ou podem servir de criadouro para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
A coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, reforça os cuidados que os moradores de Toledo precisam ter para evitar focos do mosquito. “O importante é que desde que a pessoa entre em casa observe se as grades do portão não estão com água, que são depósitos para o Aedes aegypti; também tem que avaliar as árvores, se estiverem ocas é necessário colocar terra e plantar flores; é preciso ainda avaliar as calhas, que a limpeza seja feita pelo menos uma vez por mês; as cisternas tem que ficar fechadas na boca da calha, porque os mosquitos não colocam a larva dentro da caixa d’água, mas nas bordas”.
Os campeões de criadores das larvas do mosquito são ralos, vasos de plantas e lixo doméstico. “Nos domicílios pedimos que lavem os vasos de plantas e que eliminem a areia, porque ali fica umidade e acumulam os ovos; os vasos de plantas que tenham pratos sejam lavados uma vez por semana; os bebedores de animais, cachorros, galinhas, gatos, passarinhos também; hoje encontramos muitas larvas nas caixinhas de geladeira; também tem que ser lavados os ralos. Ainda encontramos larvas nos lixos domésticos, máquina de lavar roupas, brinquedo de criança, lonas que se usa para fechar matérias de construção, principalmente nas áreas cobertas; dentro de casa no jardim de inverno, fontes, tudo isso tem que ser vistoriado. Até mesmo o aquário tem larvas do mosquito, por isso a importância de receber os agentes de endemias que passam e alertam os moradores dos locais mais prováveis da procriação do Aedes aegypti”, menciona Lilian König.
323 – Mantendo a tendência das últimas semanas, o boletim epidemiológico da dengue divulgado na última sexta-feira, 2, pela Secretaria de Saúde de Toledo (SMS) confirmou uma disparada no número de casos da doença. Em apenas uma semana, o número de confirmações cresceu 65,64%, saltando de 195 para 323, e que pode crescer significativamente, pois há 506 pessoas com sintomas da doença aguardando resultado do exame.
Somando os casos confirmados, em análise e os 623 que já foram descartados, 1.452 pessoas com sintomas da doença (manchas avermelhadas na pele, dor abdominal, febre, dor no corpo, cansaço, entre outros) procuraram os serviços públicos e privados de saúde desde 1º de agosto de 2023, início do atual ano epidemiológico. Seis bairros concentram mais de 60% das confirmações de dengue no município: América II (80), América I (33), Europa II (26), Europa I (24), Fachini I (18) e Coopagro (14).
