A introdução de novas espécies vegetais no sistema produtivo de um país é questão de soberania nacional. Qualquer parte de planta, pólen, semente ou propágulo que possa sobreviver e se reproduzir no ambiente é um potencial dano tantopara o sistema produtivo local quanto para o processo de exportação da produção agrícola.

Diferentes países ou blocos comerciais publicam listas que incluem insetos, patógenos e plantas daninhas em suas legislações de pragas quarentenárias para garantir que seus territórios continuem livres dessas ameaças. Cada país conta com uma lista própria com centenas a milhares de pragas e medidas necessárias para prevenir e impedir a sua entrada.
As ações internacionais para combater a ameaça de uma nova espécie de praga à produção agrícola e à biodiversidade vegetal têm se intensificado nos últimos anos, com ampla utilização de ferramentas de análise de risco da introdução e disseminação dessas pragas. No caso do Brasil, além de alterar a biodiversidade do país, a introdução dessas espécies também pode afetar o seu protagonismo no agronegócio mundial.
A presença de pragas quarentenárias é uma via de mão dupla, onde tanto a entrada de pragas quanto a saída via exportação de espécies vegetais proibidas no país importador afetarão o potencial exportador de grãos do país.
O objetivo desta publicação é chamar a atenção para os riscos eminentes para o agronegócio diante da introdução e presença de plantas daninhas no sistema produtivo de culturas de grãos do Brasil. A forma para enfrentar essa ameaça é através da educação e capacitação fitossanitária, que devem incluir práticas preventivas e de controle da entrada de novas espécies, e da exportação de eventuais espécies daninhas para países importadores da produção de grãos do Brasil.
E-book_Campanha pragas quarentenárias
Fonte: Aprosoja