Amélio Dezem, um “louco” por vinho
O empresário e apaixonado por vinicultura Amélio Dezem morreu nessa terça-feira, 20 de julho, aos 65 anos. Seu corpo foi cremado, conforme seu pedido atendido pelos familiares, que fizeram o translado à cidade de Francisco Beltrão para os atos fúnebres finais.
Um outro pedido seu ainda no foi atendido. O de que nossas autoridades mudem a Lei que impede o município de fazer homenagens a pessoas ainda em vida. Isso é uma vergonha. Em Toledo, que ainda lembro-me, apenas dois cidadãos tiveram esse merecimento em vida: Dr. Adilson Carlos Bier e Ondy Hélio Niederaurer.
Uma história para contar e recordar
Toledo entrou oficialmente para a rota brasileira de produção de vinhos finos. O complexo Vinícola Dezem foi inaugurado numa solenidade que aconteceu a partir das 18h30 do dia 23 de maio de 2005, com muita chuva, reunindo enólogos de todo o país, autoridades politicas estaduais, regionais e municipais, e incentivadores do projeto. O secretário do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, representou o governo do Estado no evento.
Amélio quando voltou a Toledo, na década de 90, desfocou dos demais empreendimentos, até então tidos como prioridades em sua vida, para se dedicar a viticultura. Em uma de suas visitas à Gazeta de Toledo, nos afirmou que iria instalar em Toledo um vinícola de vinhos finos, e a reação da maioria dos presentes não podia ser outra, a não ser de chamá-lo de “louco”.
Disse que já tinha as analises da terra e já sabia onde iria produzir 6 variedades que mais adaptam a esse clima, pois a terra prometia ter uma boa qualidade em “ferro” disse, bastando então que as mesmas peguem 12h de sol e claridade.
6 anos depois o então “projeto” se tornou real e a Vinícola Dezem de Toledo quebrou um tabu no Paraná, pois não havia qualquer estudo ou cultura que confirmasse e/ou animasse alguém a investir e produzir boas variedades de uvas finas nessas terras vermelhas. De tais produtos só se ouvia falar em boas produções nas terras do Rio Grande do Sul e na vizinha Argentina e no Chile.
Esse colunista e demais membros da Gazeta participaram desde o início das obras até o ato inaugural, e presenciamos não só plantação das “cepas”, como também vimos a produção de uvas se tornarem vinhos. Estávamos diante de um público bem seleto, formado, em sua maioria, pelos melhores “degustadores”, oriundos da alta sociedade, e conhecedores dos melhores vinhos do Brasil e do mundo vitícola. Vou resgatar algumas imagens de nossa cobertura desse grande evento que projetou Toledo e o Paraná como produtor de vinhos finos.
R$ 300 mil ao Bom Jesus
Em sua estada por Toledo no ultimo sábado, o deputado federal Aroldo Martins repassou ao Hospital Bom Jesus documento na ordem de R$ 300 mil para aquisição de equipamentos e auxilio para custeios.
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