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Agro brasileiro demonstra resiliência em 2023 repleto de mudanças

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Um ciclo de desafios

O ano que se aproxima do fim apresentou desafios quase sem precedentes para a cadeia produtiva da agropecuária nacional. Marcado pela troca de comando no governo federal, eventos climáticos extremos, mudanças legislativas importantes e tensões fundiárias, 2023 ainda viu a eclosão de um novo conflito armado numa região onde o país possui parcerias comerciais relevantes, no Oriente Médio. A guerra entre Israel e Hamas se somou à da Rússia com a Ucrânia. Sequelas residuais da pandemia ainda repercutiam.

A leve subida no número de invasões de terras, ainda no ano passado, e continuando nos primeiros meses de 2023, preocupou produtores, autoridades e políticos que, conhecedores da realidade fundiária, temiam um retrocesso na solidez da propriedade privada como pilar da segurança jurídica e dos meios de produção. A situação se estabilizou, mas, para isso, foi fundamental a mobilização da comunidade agrícola, que inclui também cooperativas e núcleos familiares. A força do setor, bem como a sua representação parlamentar, fez com que se revertesse essa perigosa tendência.

Nesse sentido, cabe destacar a atuação abnegada e contumaz da FPA, conforme ficou demonstrado em várias reportagens que o Portal SNA , da Sociedade Nacional da Agricultura, elaborou. Sob o comando de Pedro Lupion, a bancada soube se unir na defesa dos interesses do agro, tanto na reforma tributária quanto na votação do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Quando o Plano Safra foi anunciado, a articulação da FPA levou o governo a fazer ajustes, sobretudo no tocante ao seguro rural. Também foram organizados debates e eventos para apoiar cadeias produtivas particularmente fragilizadas, como a do leite, que sofre com a desatenção dos gestores públicos e concorrência de membros do próprio Mercosul.

Os avanços, marcos e perspectivas

As boas notícias também vieram das lavouras e de todo o progresso científico e agrário que possibilitou, por exemplo, safra recorde de grãos, na casa dos 320 milhões de toneladas. A Embrapa, em seu 50º aniversário de fundação, avança cada vez mais nas pesquisas que permitem aos produtores desbravarem novas fronteiras, trabalhando em solos outrora desfavoráveis e lidando com eventos climáticos adversos, a exemplo das ondas de calor que afetaram boa parte do país.

Em matérias especiais e entrevistas, o Portal SNA buscou os mais recentes estudos dos cientistas dessa entidade, que tanto fez pela pujança agropecuária nacional. Novas tecnologias e aprimoramentos genéticos de sementes e frutos já permitem que os produtores gerenciem melhor o plantio em áreas de recursos hídricos escassos. A Embrapa segue atenta às mudanças do clima, fornecendo assessoria e apoio técnico a produtores afetados. Para coroar a efeméride, a Sra. Silvia Masshurá, nova presidente e primeira mulher no cargo, concedeu entrevista ao Portal SNA.

Até mesmo o gargalo logístico, historicamente um calcanhar de Aquiles, teve avanços, com a conclusão da ferrovia Norte – Sul, após décadas de obras e mudanças de traçados. Isso possibilitou uma nova alternativa de escoamento da produção, hoje ainda muito dependente das rotas rodoviárias.

Olhar pragmático sobre o futuro

As turbulências geopolíticas também proporcionaram a todos a chance de atuar com lucidez e perspectiva, segundo a tradição diplomática brasileira. Como potência exportadora, o país precisa consolidar parcerias comerciais e prospectar novos acordos que beneficiem os produtores, ao mesmo tempo em que resguarda mercados internos ainda em fase de crescimento.

Não é um equilíbrio fácil, mas os representantes devem priorizar a boa relação com compradores históricos, além dos que fornecem insumos dos quais o mercado nacional ainda precisa. Isso não significa abandonar a defesa de princípios fundamentais, mas deve haver clareza antes da adoção de posturas que, a longo prazo, não trarão contrapartidas produtivas.

Essa prudência também deve nortear a resposta a pressões, por vezes legítimas, acerca da sustentabilidade do agronegócio e suas vertentes, como fontes renováveis de energia, emissão de gases poluentes e mercado de carbono. Como o Portal SNA demonstrou ao longo de vários textos, ouvindo expoentes do setor, o Brasil é um dos líderes da transição para economia verde, até mesmo pela sua vocação histórica de preservação e vigilância.

Mas a implementação açodada de sistemas incompatíveis com o modelo nacional não traz os benefícios pretendidos e pode até prejudicar patamares galgados com muito esforço, por gerações. Figuras de projeção e em cargos de grande poder e influência dão, com frequência, declarações preocupantes e equivocadas acerca da tradição conservacionista e ambiental do país. Isso pode levar à formulação de políticas públicas ou adesão a acordos internacionais que não refletem os avanços obtidos pelos produtores. Moderação e conhecimento são fundamentais nessa seara.

Fonte: SNA – Sociedade Nacional da Agricultura

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